Aspectos Epidemiológicos do Feminicídio no Município de Goiânia, Goiás
Ano de defesa: | 2017 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Ciências Sociais e Saúde::Curso de Enfermagem Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4158 |
Resumo: | A violência contra a mulher é considerada há anos um problema de saúde pública mundial, sendo a violência baseada no gênero sua principal causa. As agressões físicas, psicológicas e sexuais contra a mulher podem culminar em sua morte, geralmente por homicídio. O parceiro íntimo, na maioria das vezes, é seu principal agressor. O objetivo do presente estudo foi caracterizar os homicídios femininos, bem como descrever as características sociodemográficas das vítimas, da ocorrência dos homicídios e sua distribuição nos sete distritos sanitários do município de Goiânia, Goiás. Trata-se de um estudo descritivo, realizado com os dados registrados no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) entre 2008 e 2015. Foram identificados os distritos sanitários do município em que se concentraram os maiores números de ocorrência de homicídios femininos, com base na variável de local de moradia das vítimas. Os dados secundários foram coletados através do SIM, utilizando a classificação internacional de doenças, 10a revisão (CID-10) para a classificação dos feminicídios. Foram registrados 376 homicídios de mulheres entre 2008 e 2015 apresentando um aumento da sua proporção neste período de 8,2% em 2008 para 12,5% em 2015. A maioria das vítimas era mulheres jovens de 20 a 39 anos (57,5%), solteiras (78,8%), pardas (61,1%) e 58,4% tinham baixa escolaridade. Em relação ao meio de agressão, destaca-se o uso de armas de fogo (64,0%), seguido dos objetos penetrantes ou cortantes (25,3%). O local de ocorrência do óbito mais frequente foi a via pública (36,2%), destacando-se os meses de janeiro, abril e setembro, nos finais de semana. Os distritos sanitários onde mais ocorreram os óbitos femininos por agressão foram o Sudoeste (19,5%), seguidos do Campinas-Centro (17,3%) e Noroeste (16,7%). Assim, o perfil predominante das mulheres vítimas de feminicídio foi jovens, pardas, solteiras, com baixo nível de escolaridade e moradoras de regiões menos favorecidas do município. |