Fatores de Risco Biológicos e Ambientais de Crianças Expostas e não Expostas à Poluição Tabágica Ambiental
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Ciências Sociais e Saúde::Curso de Enfermagem Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4145 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho foi investigar os fatores de risco biológicos e ambientais de crianças expostas e as não expostas à poluição tabágica ambiental (PTA). Esse estudo é do tipo transversal analítico, realizado com 670 crianças de 8 a 12 anos, de ambos os sexos de escolas municipais de Anápolis (GO). Foi aplicado questionário epidemiológico adaptado direcionado aos pais/responsáveis das crianças e avaliados: o peso, a altura, calculado o índice de massa corporal (IMC) e percentil das crianças. A análise estatística foi realizada com os testes Kolmogorov-Smirnov e Regressão Logística. Participaram do estudo 455 crianças, e excluídas 215 (32%) devido preenchimento incompleto do questionário. As crianças foram divididas em dois grupos: crianças não expostas à PTA (NEPTA) e crianças expostas à PTA (EPTA). Não foram encontradas diferenças significativas entre o grupo de crianças NEPTA quando comparado ao grupo ETPA nas variáveis: sexo (p=0,33), idade (p=0,32), peso (p=0,25), altura (p=0,74), índice de massa corporal (IMC) (p=0,06) e percentil (p=0,82). Os pais do grupo NEPTA apresentaram maior grau de escolaridade (OR=0,67). Já o tabagismo materno durante a gestação foi maior no EPTA (OR=5,50) conforme relato dos pais ou responsáveis. O grupo EPTA teve maior número de familiares (OR=1,71) e de crianças (OR=6,51) com histórico de doença respiratória, assim como, maior número de internações hospitalares (OR=4,17). O grupo EPTA apresentou maior ocorrência de rinite (OR=5,26), asma (OR=48,15), bronquite (OR=6,53) e pneumonia (OR=7,74) comparado ao grupo NEPTA. Quanto aos hábitos tabágicos dos familiares do grupo EPTA, foi verificado que a maioria reside com apenas um tabagista (77,3%), comumente o pai (53,4%), que fumam até 20 cigarros convencionais por dia (83,6%) e expõem os escolares por até 6 horas diárias (50,6%). Em relação às condições de moradia, as crianças NEPTA moravam em residências com mais de janelas (OR=0,48), ao contrário do grupo EPTA que relatou menor circulação de ar (OR=1,73). Foi menor o registro da presença de mofo nas casas (OR=0,52) do grupo NEPTA. Esses achados indicam que crianças expostas à PTA apresentam mais doenças respiratórias crônicas e vivem em condições socioeconômicas mais desfavoráveis. Portanto, educadores e profissionais da saúde devem favorecer a proteção dos envolvidos com informações sobre os malefícios da exposição à PTA e estimular os programas de abandono do tabagismo parental. |