O USO DE INSTRUMENTOS DE APOIO À INOVAÇÃO PELO SETOR PRODUTIVO DE GOIÁS (2000-2013).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Tokarski, Fábio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Exatas e da Terra
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Desenvolvimento e Planejamento Territorial
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/2839
Resumo: A inovação potencializa o desempenho econômico mote que sintetiza o pensamento da grande maioria das empresas pesquisadas. Apesar do reconhecimento sobre a importância das ações inovativas para a competitividade, este estudo comprova a insistência da antiga questão do distanciamento entre o que se fala e o que se faz. No entremeio desse discurso e a realidade, as dificuldades imobilizam as ações e justificam o baixo comprometimento em estabelecer rotinas (operatórias e estratégicas), seleção de escolhas e busca de novas rotinas. Neste contexto se fez propício debruçar sobre o objeto desta pesquisa: Fatores determinantes para o uso limitado de instrumentos de apoio à inovação pelo setor produtivo de Goiás, desdobrado nos objetivos: (i) verificar o papel das características estruturais do tecido produtivo nas estratégias de inovação das empresas; (ii) examinar qual a importância das universidades e institutos de pesquisa na formulação de programas e de projetos que facilitem o acesso às novas tecnologias; (iii) analisar os limites e problemas dos instrumentos de apoio governamentais existentes. Os dados empíricos foram examinados segundo a abordagem qualitativa, sendo coletados através de entrevistas semiestruturadas por meio da utilização da Plataforma Tecnológica da FUNTEC que permitiu sistematizar as informações sobre a inovação no Estado de Goiás e avançar os objetivos. Os dados obtidos e sistematizados sobre a inovação das empresas participantes da Plataforma Tecnológica e organizadas no grupo de empresas contempladas com fomento financeiro das principais agências, como a FAPEG (local), FINEP e BNDES nos possibilitaram perceber quais atividades poderiam ser as indutoras junto as empresas que não acessam ou concorrem aos subsídios disponíveis para o desenvolvimento de atividades promotoras de inovação em Goiás. A pesquisa aponta para a necessidade de estreitar a interação do empresário com a melhoria dos processos de gestão da inovação, autoconhecimento de seu perfil e o eventual potencial inovador que a empresa possui. Conforme os objetivos delineados apresentam o papel das características estruturais do tecido produtivo nas estratégias de inovação das empresas e descreve a importância reconhecida pelos respondentes da aproximação entre a implementação de atividades de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) na empresa e incentivo às formas de aglomerações, polos, arranjos produtivos e redes de pesquisa. Quanto aos limites e problemas dos instrumentos de apoio governamentais existentes verificou-se que as principais dificuldades descritas por empresas que lograram êxito na busca de recursos foram a cultura da empresa para inovar e a formação de parcerias. Ambas são parcialmente resolvidas com incentivos de trabalhos em redes colaborativas, provocadas de forma simples por meio de editais indutores e outros apoios governamentais, também descrito sua ausência como uma das dificuldades em promover a inovação. A coleta de dados analisada possibilitou que se formulasse a discussão sobre as atividades geradoras ou impeditivas de inovação das empresas goianas. Goiás não foge aos parâmetros da dinâmica de inovação. Do ponto de vista da oferta, o Estado não conta ainda com instrumentos de apoio à inovação de grande peso, dependendo basicamente da política nacional. É necessário que se reequilibre a política macroeconômica para que as ações de financiamento público, indutoras da inovação no setor privado, possam adquirir dimensões sistêmicas, deixando de ser apenas ações pontuais. Também é necessário reduzir a possibilidade de ganhos financeiros das empresas para estimulá-las a assumir riscos por meio de atividades inovadoras. Ao mesmo tempo, o poder público, com os seus instrumentos de financiamento, deve ampliar o compartilhamento do risco da inovação com as empresas, via mecanismos como a subvenção econômica, crédito equalizado (subsidiado) e as parcerias entre empresas e instituições científicas e tecnológicas nacionais, tal como sustenta a FINEP, principal órgão de fomento à inovação.