O ÚTIL EM O INÚTIL DE CADA UM (REMINISCÊNCIAS NA PRODUÇÃO LITERÁRIA).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Paulo Morais de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Art
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/3254
Resumo: Esta pesquisa empreende análise bibliográfica da obra O inútil de cada um, de Mário Peixoto, focando sua condição de arte em feitura e seus aspectos artísticos literários. Isso se dá a partir do jogo irônico da palavra inútil que, do ponto de vista existencial-humano, neste compêndio, representa fragilidade em resistir as alterações psíquicas e físicas impostas pelo tempo; que, para a arte, constituem campo fértil para a realização do ser no produto sem que sua suscitação seja fruto de uma finalidade. Aqui, o inútil é observado pelas significâncias possíveis, entendendo que o personagem é marcado pela fluidez que tende seguir os caminhos ditados pelas lembranças. O intrigante porquê de tão excelente produção ainda manter-se incólume, a situação marginal de Peixoto e, mais fortemente, o interesse por explorar as reminiscências na produção literária foram atrativos preponderantes para realização deste estudo. O texto está organizado em três capítulos, sendo o primeiro situante da obra em sua condição de transcendência, abordando aspectos basais de O inútil de cada um em sua condição de portador de relevante caráter artístico. Dessa forma, são tecidos comentos analíticos tendo por parâmetro a crítica contemporânea. Com base na concepção de rizoma proposta por Giles Deleuze e Felix Guattari em Mil Platôs, no segundo capítulo, a obra é analisada a partir do ponto de vista de que ela, na constituição do enredo, desvirtua acentuadamente do padrão, por não apresentar sequência narrativa linear, podendo ser lido de forma aleatória. O terceiro capítulo tem como tema os olhares e vozes no mar de Peixoto, principiando por constatar Orlando como um personagem cuja constituição se dá sobressaindo seu interior; que é o inútil vozes cruzadas e preservadas das somadas audições e reiterações dos acontecidos e sensações traduzidos em linguagem literária. Também, as rememorações tornadas em palavras-imagens na apresentação do indizível.