Análise da percepção das condições de trabalho, ambiente e saúde dos motoristas de caminhão em Rio Verde-GO
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências da Saúde BR PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/3094 |
Resumo: | O presente trabalho trata da análise da percepção do motorista profissional sobre suas condições de trabalho, ambiente e saúde. O objetivo do trabalho foi conhecer as dificuldades encontradas pelo motorista de trânsito rodoviário no exercício de sua profissão, verificar suas condições de trabalho e saúde, sua percepção em relação às mudanças ambientais, bem como o tipo de apoio que recebe nas rodovias de Goiás. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório que utilizou como instrumento um questionário (N=83) contendo perguntas sobre características sócio-demográficas e antropométricas, desempenho laboral; autoavaliação sobre a saúde; meio ambiente relacionado ao trabalho; escala do bemestar geral, desenvolvida por Fazio (1971) e utilizada por Lima Paula e Torres (2001). O levantamento de acidentes ocorridos entre os anos de 2006 e 2007 em rodovias federais de Goiás, foi obtido do banco de dados informatizado da PRFGO. Neste período, ocorreram 872 acidentes terrestres, com maioria de envolvidos sendo do sexo masculino. Em um total de 456 óbitos, 256 foram condutores dos veículos. O maior índice de acidentes ocorreu com automóveis, seguido de caminhão trator e caminhão. A média da idade dos participantes da pesquisa foi de 42,8 anos, todos do sexo masculino. O perfil antropométrico dado pelo índice de massa corpórea (IMC) foi de 26,19kg/m² onde 51,6% estavam acima do peso e 12% obesos. Quanto ao grau de escolaridade, a predominância foi o ensino fundamental incompleto, com 39,8%. Em relação ao estado civil, há predominância de casados. A renda familiar está entre R$1.501,00 e R$2.000,00 e 72% das famílias dos participantes depende exclusivamente de seu trabalho. Dos 83 entrevistados, 75,9% possuíam a CNH categoria profissional E e 26,5% eram donos do veículo. Quanto ao tempo de trabalho, a média apurada foi de 13,8 anos. A escala de bem-estar apresentou média de 3,2 (DP= 0,8), indicando o bem-estar físico e psicológico, abaixo do ponto médio da escala (4). Aproximadamente 63% responderam que não fazem regularmente exames de saúde, e em média, 43,4% realizaram há mais de dois anos o último exame de saúde, 19% alegaram ter alguma doença. Sobre a percepção do meio ambiente, 71% dos profissionais notaram a degradação ambiental. Os resultados da pesquisa permitem concluir que a profissão motorista de caminhão exige grande competência do trabalhador, e as condições em que ela é exercida provocam desgaste físico e psicológico que interferem na atuação do profissional e na segurança nas estradas. |