RELIGIÃO E PATRIARCALISMO NA LITERATURA DE BERNARDO ÉLIS.
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas BR PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências da Religião |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/782 |
Resumo: | Esta tese tem como objetivo analisar o papel da religião, do patriarcalismo e do coronelismo na gênese rural do ethos da cultura goiana. Nesse intuito, são interpretados , esmiuçados e desvelados três contos de Bernardo Élis: Nhola dos Anjos e cheia do Corumbá, A virgem santíssima do quarto de Joana e A enxada. Neles, investigamos o mundo rural bernardiano, um mundo fictício , que nunca existiu, mas que está carregado de verdade . Sua verdade comporta tanto o regional, quanto o universal na tragédia vivida pelos personagens plasmados nas paisagens rurais goianas. No mundo rural, erigido pela força do texto de Élis, religião é sinônimo de catolicismo rústico, e o patriarcalismo, assim como o coronelismo, estão à mostra, entre outros aspectos, em relações hierárquicas degradadas e marcadas pela dominação, pela violência psíquica e física contra os mais fracos. Utilizamo-nos da hermenêutica literária e do pensamento de teóricos, dentre os quais destacamos Bourdieu (1998) e Martins (1997, 2001, 2007), para realizarmos uma leitura de Bernardo Élis à luz das visões teóricas da sociologia da religião, da sociologia rural, da história agrária, e também de estudos literários e de gênero. Embora a cultura seja produto histórico mutante, ao desconstruirmos esses três contos, revelamos aspectos camuflados da influência duradoura do catolicismo rústico e do modus operandi do patriarcalismo e do coronelismo no ethos da cultura goiana. |