O uso de produtos de origem vegetal por mulheres em período de gestação em uma maternidade pública no Maranhão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Silva, Marbenha de Windson Brito
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Tecnologia Farmacêutica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/3431
Resumo: As plantas medicinais foram os primeiros recursos terapêuticos utilizados pelos homens, seu conhecimento se dá ao longo da história da humanidade. Hoje ainda, para uma grande parte da população, as plantas medicinais são consideradas um meio terapêutico, seguro e natural fonte eficaz de tratamento e de custo acessível. No entanto, as supostas propriedades terapêuticas dessas plantas, em muitos casos, não se confirmaram quanto a sua validade científica. Dentro deste contexto foi realizado um estudo do tipo caso-controle de base hospitalar com o objetivo de identificar os potenciais riscos relacionados ao uso indiscriminado de plantas medicinais e/ou seus derivados por mulheres em fase gestacional e suas conseqüências em um hospital público materno infantil no município de Imperatriz- Maranhão. Foram 256 gestantes entrevistadas, onde 34,76% (89) relataram usar algum tipo de produto de origem vegetal para diferentes propósitos que vão desde a regularização da menstruação até o simples hábito de consumi-lo como bebida na forma de chá; 10,94% (28) das entrevistadas com gravidez suspeita ou confirmada usaram alguma substância para descer a menstruação, sendo que 60,71% (17) foram plantas medicinais e/ou fitoterápicos. Das 13,29% (34) que afirmaram usar estes produtos de forma terapêutica para alívio dos sintomas gravídicos, 91,18% (31) fizeram sem intervenção profissional. O conjunto dessas observações evidenciou o uso indiscriminado de produtos de origem vegetal durante a gestação com a prática da automedicação e suposto aborto. Essas substâncias têm na sua maioria propriedades tóxicas e usadas de forma tal, se não suficientes para causar aborto, poderão levar a sérias complicações para a gestante e o feto.