EXPERIÊNCIA DOS CUIDADORES FAMILIARES SOBRE A ALTA HOSPITALAR E O CUIDADO DOMICILIAR APÓS O ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL.
Ano de defesa: | 2015 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências da Saúde BR PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/3155 |
Resumo: | A transição do cuidado hospitalar para o domiciliar após o acidente vascular cerebral (AVC) é reconhecida como um período complexo que tem sido negligenciado e para o qual deverão ser planejadas intervenções em saúde que favoreçam a continuidade dos cuidados, a adaptação e o preparo para o enfrentamento frente às demandas, em especial para os cuidadores familiares de pessoas com dependência completa. O objetivo desta pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso, foi compreender a experiência vivenciada por cuidadores familiares de pessoas que sobreviveram ao AVC no processo de transição da alta hospitalar para o cuidado domiciliar. Participaram doze cuidadores residentes em um município do oeste do Estado da Bahia, Brasil. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada nos domicílios e a análise temática interpretativa foi conduzida por meio das etapas de redução, organização dos dados, identificação das unidades de significado, construção dos núcleos temáticos e interpretação dos resultados. Identificaram-se os seguintes núcleos temáticos: o processo de alta hospitalar, em que se destacam os sentimentos e o preparo dos cuidadores, e o cuidado domiciliar, marcado por mudanças na vida da família e do cuidador. Os participantes perceberam o processo de alta como um momento decisivo e com sentimentos como medo, preocupação e insegurança, mas também de felicidade e superação, pela oportunidade de retornarem ao domicílio com o familiar. Eles apontaram fragilidades assistenciais para o preparo da alta hospitalar relacionadas aos deficits de comunicação dos profissionais de saúde e à falta de acolhimento. Mencionaram as mudanças na vida e nas relações da família, a sobrecarga física e psicológica, o amor em cuidar e também a importância do apoio social e da fé como instrumentos para o enfrentamento desse processo difícil e solitário, que é a experiência-necessidade de assumir o cuidado de alguém que ficou totalmente dependente para as atividades da vida diária. Ficou evidente a necessidade de modelos de cuidado que tenham como foco central as pessoas, a continuidade dos cuidados e a tomada de decisão compartilhada sobre as terapêuticas necessárias e possíveis, considerando o contexto socioeconômico de cada núcleo familiar para que o processo de transição do cuidado seja vivenciado de modo seguro e eficaz e promova a reabilitação e a reinserção social e comunitária. |