Escovar a história a contrapelo: messianismo e materialismo histórico em Walter Benjamin

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Paiva, Ana Flávia Sardinha Goncalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de História
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4541
Resumo: Este estudo tem como finalidade apresentar a construção filosófica e cultural de Walter Benjamin, cujas análises têm como base a concepção de História na visão do autor. Apresentamos em linhas gerais o contexto histórico sociopolítico na Alemanha no período entreguerras (a República de Weimar) e a ascensão do Terceiro Reich, temática política que ocupou lugar de referência nos escritos e reflexões do pensador germânico de origem judaica e vítima da perseguição nazista. Benjamin assimilou o pensamento de intelectuais de origem judaica da Europa central, como Freud, Marx, Engels, Kafka e Lukács, o que lhe serviu de base para formular sua crítica à modernidade, bem como embasou a retórica discursiva benjaminiana sobre a linguagem e sua concepção de História, uma vez que a necessidade de manter viva a memória das populações exploradas pelo sistema capitalista alterou radicalmente a forma como esse saber é praticado. A concepção de História em Walter Benjamin (elaborada a partir das interlocuções entre o materialismo histórico e a mística judaica) apresenta-se como uma nova abordagem de concepção temporal e a sua relação com a noção de História no campo de atração do materialismo histórico. Ao articular os recursos da teologia (redenção e rememoração) como os conceitos do materialismo histórico, Benjamin desenvolve uma dialética redentora cujo foco está no indivíduo socialmente marginalizado, oprimido e esquecido nas páginas dos livros de história. A relevância do materialismo histórico no conjunto das ideias é o fundamento para a realidade histórica posta como concreta, e material, e não mais um arranjo da historicidade tradicional. Benjamin indica a realização prática que cabe ao historiador materialista adotar e estabelecer como realidade social