A EXPERIÊNCIA DE VIVENCIAR A DISFAGIA OROFARÍNGEA APÓS O ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Matos, Ana Cláudia Magalhães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Ciências Médicas, Famacêuticas e Biomédicas::Curso de Biomedicina
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3727
Resumo: A disfagia orofaríngea é um distúrbio observado frequentemente em pessoas que sobrevivem ao acidente vascular cerebral (AVC). Trata-se de uma incapacidade que contribui para a perda da funcionalidade e da independência para se alimentar. As limitações para a alimentação levam a riscos clínicos e necessidades de adaptação para enfrentar as dificuldades existentes. O objetivo desta pesquisa, do tipo estudo de caso qualitativo, foi descrever a experiência de vivenciar a disfagia orofaríngea após o acidente vascular cerebral na perspectiva do paciente e de cuidadores familiares. Foram descritos os casos de sete sobreviventes ao AVC, residentes em um município do Sudoeste da Bahia e que receberam alta hospitalar com sinais e sintomas de disfagia, no período de outubro de 2015 a julho de 2016. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas em domicílio. Foram entrevistados cinco pacientes e sete cuidadores familiares, de modo individual, ou em díades. Por meio da análise temática interpretativa, foram identificados os seguintes núcleos temáticos: mudanças no preparo, manejo e oferta da dieta; dificuldades e sentimentos dos pacientes e cuidadores familiares no enfrentamento da disfagia e o apoio social. O enfrentamento dos sinais e sintomas da disfagia ocorreu com poucas orientações, principalmente no processo de transição do cuidado hospitalar para o domicílio, e pouco apoio formal. Observou-se que os sinais e sintomas deste distúrbio como tosse e engasgos são frequentes, sobretudo na fase pós alta hospitalar, e trazem sentimentos de insatisfação, bem como demonstram o despreparo dos cuidadores para lidar com as dificuldades. Os cuidadores familiares que não tiveram orientações e auxílios nas condutas durante alimentação se depararam com maior dificuldade no preparo, manejo e oferta da dieta. Os resultados evidenciam, além da necessidade de intervenções fonoaudiológicas focadas na avaliação do paciente com AVC e no acompanhamento de seu padrão de alimentação no decorrer do processo de reabilitação, a importância da atuação de equipes interdisciplinares, principalmente no preparo para alta hospitalar, e do envolvimento da família no processo do cuidar, com vistas ao desenvolvimento de ações educativas e treinamento prático para a busca constante da humanização e melhor qualidade de vida.