Homossexualidade e Preconceito: o que Pensam os Profissionais de Recursos Humanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Fleury, Alessandra Ramos Demito
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/1965
Resumo: Esta dissertação teve dois objetivos. Primeiro, investigar o preconceito contra o homossexual a partir da análise da atribuição de características positivas e negativas feita por profissionais da área de Recursos Humanos tanto para homossexuais quanto para heterossexuais. Segundo, investigar como as novas formas de expressão do preconceito podem estar atuando nesse processo discriminatório, considerando a infra-humanização como produto dessas novas formas. Para tanto, dois estudos empíricos foram realizados. O primeiro buscou validar as escalas que serviriam de indicadores no instrumento do segundo estudo, o qual foi realizado numa amostra (n=135) de estudantes de pós-graduação na área de Recursos Humanos de ambos os sexos da cidade de Goiânia. No primeiro estudo (n=69), verificou-se que a lista de adjetivos baseada nos estudos de Lima (2002) sobre a infra-humanização, poderia não adequar-se suficientemente bem ao nosso contexto. Os resultados do segundo estudo revelaram que, no caso dos homossexuais, a expressão do preconceito ocorre de forma sutil (Pettigrew & Meertens, 1995), porém não está relacionada ao processo de infra-humanização, o qual define que uma maior atribuição de características humanas (traços culturais e sentimentos ou emoções secundárias) para o grupo majoritário promove a diferenciação intergrupal sem derrogar o grupo minoritário, fornecendo, assim, um meio aceitável pela sociedade atual, respeitando as normas igualitárias. Os resultados indicaram que, diferentemente de outros estudos na área (Lacerda et al., 2002; Falcão, 2004 e Pereira, 2004), o preconceito contra os homossexuais expressa-se mais de forma sutil que flagrante, apresentando uma maior atribuição de características positivas para o grupo majoritário e não se diferenciando ao nível da atribuição de características negativas para o grupo minoritário. Esses resultados são discutidos ressaltando-se a importância de mais estudos sobre esse tema, tão pouco estudado por psicólogos sociais.