Madalena como alternativa eclesiológica no sínodo para a Amazônia: novidade ou retomada?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Picarti, João Marcos Cardoso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidades
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências da Religião
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/5172
Resumo: O Documento Final do Sínodo para a Amazônia (n. 22) indica às comunidades amazônicas o modelo eclesial da "Comunidade Madalena". Esta pesquisa tem como objeto identificar que modelo de comunidade seria esse. Nosso estudo, de cunho bibliográfico, debruçou-se sobre os documentos produzidos em torno do Sínodo para a Amazônia a fim de identificar nele os traços das comunidades amazônicas que, no seio da Igreja Católica Apostólica Romana, fizeram constar no Documento Final do Sínodo para a Amazônia tal proposição. Depois, analisamos os textos evangélicos, com especial atenção ao evangelho de João, com a finalidade de compreender as nuanças mais originárias que caracterizaram Maria Madalena. Em sequência, investigamos como sua imagem foi reelaborada no decorrer da história do cristianismo. Madalena foi uma mulher forte, determinada e capaz de rever os fatos da vida, transformando-os a partir da própria resiliência. Em decorrência disso, a Comunidade Madalena foi apagada e sua história distorcida. Contudo, nossos resultados indicam que a experiência comunitária marcadamente feminina e convicta da ressurreição de Cristo sobrevive. Hoje, as comunidades amazônicas vivem um processo de esperança e resistência na defesa da vida humana e do ecossistema. São guardiãs da experiência comunitária e, assim como Maria Madalena, carregam em si a experiência da ressurreição quando os ecos proclamam a morte. A Comunidade Madalena, ao invés de ser uma novidade, é uma das experiências mais originárias do cristianismo