A relação entre a violência e o desenvolvimento das funções executivas em crianças e adolescentes
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Ciências Sociais e da Saúde Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4852 |
Resumo: | A vivência de situações de violência com potencial para causar traumas é denominada vitimização. A vitimização contra crianças e adolescentes, de acordo com os dados demográficos e estudo empíricos, aumentou nos últimos anos, tornando-se uma preocupação social. Os maus tratos é o tipo de vitimização de maior incidência nesta faixa etária, portanto muitos estudos buscam investigar a relação deste tipo de vitimização com aspectos emocionais e possíveis comprometimento em funções cognitivas. Contudo, ainda são escassos os estudos que buscam identificar a relação de outros tipos de vitimização, como a vitimização por crimes convencionais, vitimização por pares, vitimização testemunhada e a polivitimização sobre as funções executivas nesta importante faixa etária. As funções executivas (FEs) são processos cognitivos que permitem ao indivíduo exercer controle e regular o processamento de informações frente a novas exigências, assim é uma função complexa relacionada com adaptação a ambientes novos. Alguns modelos sugerem que as FEs constituem uma única habilidade que abrange vários domínios; dentre eles, são nomeados como componentes nucleares a memória de trabalho, flexibilidade cognitiva e controle inibitório. O desenvolvimento típico das FEs está relacionado com o desenvolvimento dos processos de aprendizagem e desempenho acadêmico. O bom desempenho acadêmico está relacionado com uma boa capacidade de compreensão verbal, uma vez que a capacidade de raciocínio verbal adequado está diretamente relacionada com a base de conhecimento das crianças e adolescentes. Diante deste contexto, torna-se importante o estudo desta tese que buscou investigar se a vivência de diferentes tipos de violência tem relação direta com prejuízos no desenvolvimento das FEs, porém pretende também investigar, se além de impactar diretamente no desenvolvimento da FEs a vivência de diferentes vitimizações pode apresentar um efeito indireto ou ser potencializada por seu impacto na compreensão verbal, que poderia então intensificar seu efeito sobre as FEs. Participaram da pesquisa 83 crianças e 73 adolescentes e os instrumentos usados foram o JVQ (identificação das vitimizações), FDT (avaliação das FES) e WISC IV (avaliação das FEs e da compreensão verbal). Os resultados dos capítulos confirmaram a hipótese inicial da tese que buscou comprovar a relação dos diferentes tipos de vitimização e prejuízos nas funções executivas, porém com relação a polivitimização não foram encontradas correlações significativas em nenhum dos dois grupos estudados. Os dados apontaram ainda, que a vivência de diferentes tipos de violência nas crianças causam comprometimentos mais significativos em FEs. Contudo, a compreensão verbal pode ser um fator protetor, para crianças e adolescentes, vítimas de diferentes vitimizações. |