O TRÁGICO NA REESCRITURA DE NÉLIDA PIÑON EM A FORÇA DO DESTINO: DA ÓPERA À TRAGICOMÉDIA
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Letras Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3918 |
Resumo: | Este trabalho investiga a presença da tragédia e da tragicomédia via intertextualidade na obra A força do destino, de Nélida Piñon. Esta obra, publicada em 1977, que mantém intrínseca relação com a ópera de Giuseppe Verdi, encenada, em 1862, com base no drama espanhol, intitulado Don Álvaro o La forza del destino, desde o título homônimo, os personagens com nomes idênticos – Álvaro, Leonora, Curra, Marquês de Calatrava e Carlos, a similaridade do tempo histórico e espaços geográficos, a manutenção das unidades sequenciais e ações da história original da ópera. Objetiva-se assim, desenvolver um estudo crítico no qual se comprovam os contextos em questão. Assim, o trabalho foi dividido em três capítulos: no primeiro, analisamos a tragédia em suas evoluções. Nessa perspectiva fizemos um percurso sobre o trágico: a imitação trágica das ações na cultura ocidental; da ópera em seu aspecto trágico ao tragicômico da narrativa contemporânea. No segundo capítulo o analisamos a ópera de Verdi em A força do destino em seu processo inovador, buscamos compreender de forma sintetizada a ópera em seu contexto histórico, e a ópera e a mímese narrativa. Já no terceiro capítulo analisamos a presença da intertextualidade e a paródia na narrativa A força do destino; onde houve um estudo voltado para intertextualidade, a paródia, a polifonia e a metanarrativa. Para compreender o trágico fizemos um estudo a partir de Aristóteles. Já para analisarmos o trágico na obra corpus, trilhamos o caminho a partir dos estudos em Hegel e Friedrich Nietzsche, teóricos aplicados no que se refere à relação de cada um à tragédia moderna. Quanto a tragicomédia elencamos Plauto e Terêncio, Umberto Eco, Bakhtin e outros estudiosos. Tecida por um significativo contexto intertextual, paródico, polifônico e metanarrativo fizemos um estudo embasado em Bakthin. Observamos que Nélida Piñon, nesta obra (re)cria de modo autoconsciente os limites entre o real e o ficcional, tornando todo o processo visível para o leitor. A partir dessas teorias entre tragédia, tragicomédia e intertextualidade, observamos um singular construto que intensifica e transgredi para uma obra contemporânea. |