O humano, o real e o divino em A paixão segundo G.H., de Clarice Lispector: intertextualidade e paródia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Marques, Nayara Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181213
Resumo: A obra de Clarice Lispector apresenta uma permanente reflexão sobre temas relacionados à filosofia e ao misticismo, tais como a morte, a divindade, a natureza, etc. Em A Paixão segundo G.H. (1964), essas questões são problematizadas ao longo da narrativa e são ampliadas e dramatizadas por meio da linguagem (NUNES, 1989). A partir desses fatos, nossa dissertação tem como objetivo estudar como o romance, ao abordar e problematizar ideias filosóficas e místicas, parodia, de forma intertextual, textos de filosofia e ritos fundamentais para o pensamento e crenças Ocidentais. Para tanto, nos deteremos na análise intertextual do romance em comparação com a Alegoria da Caverna, de Platão e o ritual da comunhão cristã. Analisaremos de que modo as ideias relacionadas ao humano, ao real e ao divino apresentadas no texto de filosofia e no ritual religioso são ressignificados e invertidos pelo romance de Lispector. A fim de observar como estes conceitos aparecem nas narrativas a serem estudadas, serão utilizados como fundamentação teórica Ceia (1998), Coelho (2009) e Erculino (2004) tendo em vista os estudos da Alegoria de Platão; Girard (1990-2004) e Bittencourt (2012), que nos servirão de base para o desenvolvimento do capítulo sobre o ritual da comunhão cristã; Nunes (1989) e Pessanha (1989), os quais funcionam como embasamento teórico-crítico para a análise crítico-interpretativa da obra; e, por fim, Sá (1979-1983) e Dumas (2005), que nos servirão de base para o estudo sobre a intertextualidade e a paródia no romance A Paixão segundo G.H., de Clarice Lispector.