TENSÕES INVENTIVAS NA OBRA MANUAL DE PINTURA E CALIGRAFIA, DE JOSÉ SARAMAGO.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pereira, Franciane de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/3259
Resumo: A pesquisa bibliográfica baseada no livro Manual de pintura e caligrafia, de José Saramago (1977), tem por objetivo analisar as relações de semelhança existentes entre essa obra e as várias tendências da pintura. Comparando a narrativa selecionada com as obras Memorial do convento (2002), Ensaio sobre a cegueira (2003) e As intermitências da morte (2009), do mesmo autor, apontando as singularidades do Manual de pintura e caligrafia (1977) e a vasta alegoria das demais obras e a composição dos planos artísticos. Visa-se ainda apontar as características presentes no romance e seus principais elementos como personagens, tempo e espaço. O processo de criação da moldura no interior da obra permite observar os recursos utilizados pelo autor e o modo como a obra pode ser observada. O fato de a narrativa ser uma obra de arte literária permite um olhar mais minucioso sobre a função e o uso do discurso literário e ainda o discurso da pintura presente nos quadros criados pelo pintor na narrativa. Ainda apontando o fator artístico presente na obra é possível também observar os fatos em relação aos períodos vividos pela própria arte, seus pintores, o processo de condução ao ateliê, a metalinguagem que faz parte da obra e ainda o uso da simulação para a construção da narrativa. São destacados os vários níveis de simulação existentes ao longo da obra e ainda uma possível aproximação com a obra Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust (1988), por intermédio do livro Museu movente (2004). Conclui-se que os estudos sobre as relações entre-artes são ramos muito recentes e, portanto, a abordagem que aproxima a literatura e a pintura permite contemplar um novo caminho para essas duas artes.