O EFEITO DA SEPARAÇÃO PRECOCE PÓS-NATAL NA EFICIÊNCIA DA TROCA DE SINAIS ENTRE A MÃE E O BEBÊ DURANTE A PRIMEIRA MAMADA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Moura, Cirinéia de Abreu
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Ciências Sociais e Saúde::Curso de Psicologia
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3862
Resumo: Neste estudo foi investigada a comunicação humana em sua fase mais precoce, ou seja, durante a primeira mamada. Foi usado o método de observação naturalística, estudando 20 díades mãe-bebê. As mães eram primíparas, de gestação sem intercorrências, segundo critérios médicos, e de parto vaginal. Os bebês nasceram a termo e foram observados nas primeiras horas de vida, sendo saudáveis segundo o critério de Apgar. O grupo controle foi formado por 10 díades não expostas à separação forçada pós-natal e o grupo experimental, por 10 díades expostas à separação forçada pós-natal, procedimentos adotados pelas maternidades onde os dados foram coletados. Os comportamentos das mães e dos bebês dos dois grupos foram observados utilizando-se categorias comportamentais, previamente definidas, que foram analisadas através da freqüência cumulativa dos 1.200 registros obtidos nos dois grupos e submetidos à análise do coeficiente de correlação de Pearson. Os resultados indicaram diferenças significativas entre os dois grupos de díades nas principais categorias de interações deste estudo: para as mães – amamentar, olhar o bebê e outros comportamentos de interação das mães; para os bebês – mamar, mexer e ficar de olhos abertos. Os dados revelaram que os bebês do grupo controle foram visivelmente mais responsivos aos sinais emitidos pelas mães do que os bebês do grupo experimental. As variáveis comportamentais das mães e dos bebês correlacionadas no grupo controle indicaram uma dinâmica interrelacional adequada e consistente. Já as das mães e dos bebês do grupo experimental indicaram uma dinâmica dispersa, pois não conseguiram manter e prolongar seus próprios estados de atenção até o final da interação. Estes resultados apóiam a expectativa inicial do estudo, concluindo-se que existem diferenças no desempenho do grupo controle em relação ao grupo experimental no que diz respeito à comunicação precoce estabelecida durante a primeira mamada. As diferenças foram determinadas pelo desempenho comportamental dos bebês do grupo controle e evidenciadas por uma troca mais eficiente de sinais. O procedimento de separar precocemente os bebês de suas mães afetou, nesta pesquisa, a eficiência da troca de sinais logo na primeira mamada, interferindo no comportamento das duas partes da díade.