Perfil epidemiológico dos usuários atendidos em um centro de atenção psicossocial

• Ano de defesa: 2014
• Autor(a) principal: Dias, Paula Cândida da Silva
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Brasil; PUC Goiás; Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Atenção à Saúde
• Palavras-chave em Português: Políticas públicas; Transtornos relacionados ao uso de substâncias; Serviços de saúde mental; Acolhimento; Public policies; Disorders related with substance use; Mental health services; Welcome; Ciências da Saúde
• Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4802

Estudo descritivo transversal que objetivou identificar o perfil epidemiológico dos usuários atendidos em um Centro de Atenção Psicossocial adulto para álcool e outras drogas tipo III. O estudo foi realizado no município de Aparecida de Goiânia, situado na região metropolitana de Goiânia. Possui 510.770 mil habitantes, em regiões mal distribuídas, loteamentos clandestinos, situações precárias de saneamento básico e má distribuição de renda. Participaram do estudo 519 usuários. Os dados foram coletados em 2014, das fichas de acolhimento, utilizando um formulário previamente elaborado. Constatou-se que a maioria dos usuários é do sexo masculino e em idade produtiva; com baixa escolaridade e baixa renda familiar. A maioria passou por tratamentos anteriores em hospitais psiquiátricos. As drogas de predileção foram o álcool e o tabaco, embora o crack se apresentou como uma droga emergente e alardeada pela mídia. Importante fator apontado, neste estudo, não se deve perder de vista que o álcool é reconhecidamente a porta de entrada para o uso de outras drogas. Para tanto, o enfermeiro inserido, nesse contexto, deve-se atentar para essa realidade, direcionando seu cuidado para ações de prevenção ao uso e abuso de álcool e de acolhimento aos usuários de drogas. A maioria dos usuários do CAPS possui endereço conhecido. Dado importante para a territorialidade e para a rede de cuidados por facilitar a realização de busca ativa, porém esse dado chama a atenção para os protocolos necessários para o atendimento ao serviço os quais exigem o comprovante de endereço e excluem aqueles que moram na rua. Essa realidade deve ser repensada no que diz respeito ao acesso aos serviços de saúde e garantia de universalidade como princípio do SUS. O perfil observado deve ser considerado na elaboração de projetos terapêuticos singulares e na construção de ações de promoção e prevenção em saúde. Os achados, também, devem ser considerados nas ações que fortaleçam o papel do CAPS e do profissional de enfermagem no território e na rede de atenção psicossocial