O protagonismo e as experiências de mulheres negras assistentes sociais: a teoria social crítica do pensamento feminista negro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Dias, Aline Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Ciências Sociais e Saúde::Curso de Serviço Social
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Serviço Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4567
Resumo: O presente trabalho é resultado da pesquisa sobre pensamento feminista negro enquanto teoria social crítica e a perspectiva de método/conceito interseccionalidade. Busca-se analisar as experiências das mulheres negras assistentes sociais por meio do pensamento feminista negro. Uma das hipóteses é que há uma invisibilidade das mulheres negras assistentes sociais na categoria, ou não protagonismo, o que fortalece a reprodução do racismo e demais opressões e o que dificulta a transformação da realidade, tendo em vista que o primeiro passo é assumir e conhecer para mudar. A pesquisa desvelou que mesmo com a renovação do Serviço Social, desde a década de 1980, ainda discute minimamente a temática étnico racial, e que continua uma desigualdade entre protagonismo de profissionais brancos e negros, pois o racismo é estrutural, logo, a ciência, os espaços, estão nessa estrutura, sendo assim, o Serviço Social reproduz o silêncio que coloca o racismo como racismo do outro e não considera as especificidades da população negra historicamente estigmatizada e sucateada de direitos e bens e serviços essenciais a reprodução digna. Percebemos que o posicionamento das assistentes sociais negras é de forasteiras de dentro, porque perpassam estruturas racistas, e de invisibilidade nas carreiras profissionais e trajetórias pessoais, majoritariamente, percebem como essas estruturas tem afetado suas condições de protagonismo, na profissão e nos lugares que ocupam. Contudo, é necessária uma ampliação a cerca dos estudos que envolvem o pensamento feminista negro, que perpassa a temática étnico racial, pois não é mais tolerável falta de compromisso coletivo, com a população negra seja ela usuária ou não, o que requer a descolonização da ciência, dos espaços dentro e fora do Serviço Social, e a busca incessante não apenas na luta contra o capitalismo, mas contra o racismo e demais forma de opressões, porque a luta apenas com um eixo é uma luta incompleta