O cuidar no cotidiano da estratégia saúde da família

• Ano de defesa: 2014
• Autor(a) principal: Cintra, Kássia Mabiane Silva
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Escola de Ciências Médicas, Famacêuticas e Biomédicas::Curso de Biomedicina; Brasil; PUC Goiás; Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Atenção à Saúde
• Palavras-chave em Português: Estratégia Saúde da Família. Cuidados de Saúde. Integralidade em Saúde. Políticas Públicas de Saúde; Family Health Strategy. Health Care. Integrality in Health. Health Policies.; Ciência da Saúde
• Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4611

A Estratégia Saúde da Família (ESF) foi planejada para melhorar o modelo de atenção à saúde, por meio da ampliação do foco saúde - doença para além dos problemas apresentados pelo indivíduo, família ou comunidade. Porém este modelo ainda apresenta falta de resolutividade. Diante disto, o objetivo deste estudo foi analisar o cuidar no contexto estratégia saúde da família na perspectiva dos profissionais saúde da família. Trata-se de um estudo qualitativo, tipo estudo de caso, realizado com sete equipes de Estratégia Saúde da Família de uma cidade da região Sudoeste do Estado de Goiás, Brasil, nos meses entre abril a junho de 2014. A coleta de dados foi realizada por entrevista, com roteiro semiestruturado, os dados foram gravados em equipamento de áudio, transcritos, ordenados, organizados e analisados. Os resultados foram organizados em três categorias e indicaram um cotidiano de cuidado centrado na doença e na carência de recursos materiais. O cuidado como o reflexo de uma gestão com vínculos fracos e ações descontinuadas. Os depoimentos desvelaram um cuidado desumanizado, com pouca escuta e baixo acolhimento. O preparo profissional para cuidar aparece permeado de ideias curativistas, ausência de planejamento e atualização, com forte transferência de responsabilidade para causas externas. Destaca-se a influência negativa do predomínio de contratos precários de trabalho que refletem em trabalhadores temerosos e desmotivados, que por sua vez oferecem um cuidado desinteressante ao usuário, além de apresentar baixa resolutividade. Entretanto, o estudo identificou potencialidades para melhorias no cuidar, em especial, por contar com um grupo de trabalhadores que tem clareza das limitações e necessidades de mudança, constatado nas falas indicativas dos problemas geradores dos empecilhos existentes no serviço e no próprio grupo