A DESCONSTRUÇÃO DO SER E DA ARTE NAS OBRAS PERTO DO CORAÇÃO SELVAGEM E PAIXÃO SEGUNDO GH, DE CLARICE LISPECTOR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Sunny Gabriella dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Letras
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3640
Resumo: Esta pesquisa visa compreender a linguagem artística da escritura de Clarice Lispector nas obras Perto do coração selvagem e Paixão segundo GH, de Clarice Lispector. O procedimento narrativo adotado por Clarice Lispector nessas obras levou-nos aos conceitos ligados a arte moderna e contemporânea, uma vez que investigaremos quais são as características estéticas presentes na escritura da autora que sugerem tal ligação. Assim, propõe-se estudar o processo de desconstrução do Ser e da Arte sob a perspectiva do fluxo da linguagem e da desreferencialização da Imagem-Signo. O estudo será fundamentado nas teorias críticas contemporâneas, considerando a ruptura da noção de arte como representação da realidade. O referencial teórico de análise das obras serão as concepções de Heidegger sobre a noção do Ser em sua relação com o tempo e a linguagem, focalizando os aspectos relativos à fragmentação do ser-tempo; a desterritorialização do ato artístico em linguagem ao infinito, nas perspectivas de Michel Foucault, Gilles Deleuze e Félix Guattari e, interconectadas às noções de modernidade líquida, de Zygmund Bauman e à desrealização da obra de arte. A análise das obras terá como norte a busca da “essencialização” do Ser das personagens pela linguagem (Perto do coração selvagem) e a despersonalização do Ser (Paixão segundo GH) no contexto de uma obra marcada pelo princípio de desrealização e de desreferencialização da imagem-signo – um processo de simulação, na visão de Jean Baudrillard (1991).