Criatividade e processos de criação em arte no ensino fundamental: uma análise histórico-cultural
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidades Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4082 |
Resumo: | O presente trabalho, inscrito na linha de pesquisa Teorias da Educação e Processos Pedagógicos, objetiva o estudo do desenvolvimento da criatividade e dos processos de criação na escola, a partir das contribuições da Teoria Histórico-Cultural formulada por Lev Seminovich Vigotski e seus colaboradores. Esse referencial teórico, ao conduzir à compreensão da imaginação criadora como um processo que abrange o desenvolvimento sistêmico das funções psicológicas superiores, mediante a interação intersubjetiva, destaca o papel da escola em proporcionar a ampliação das experiências cognitivo-afetivas da criança para a formação dessa capacidade. Com esse entendimento, o problema central que se buscou esclarecer foi: quais as implicações do trabalho educativo escolar no desenvolvimento da imaginação criadora dos estudantes, tendo como base as concepções de criatividade de gestores e professores e a forma como realizam a mediação pedagógica na escola e nas aulas de Arte? Essa problemática aponta como objetivo principal entender e analisar como as concepções de criatividade de gestores e professores e a forma como realizam a mediação pedagógica na escola e nas aulas de Arte implicam no desenvolvimento da imaginação criadora dos estudantes. E, como objetivos específicos, historiar e contextualizar o conceito criatividade e suas implicações dentro das tendências pedagógicas brasileiras; analisar a concepção de criatividade de professores e gestores; examinar a mediação pedagógica na escola e nas aulas de Arte; investigar a produção artística dos alunos, a partir da mediação pedagógica no contexto das aulas de arte; demonstrar as peculiaridades da teoria histórico-cultural para o desenvolvimento da criatividade no contexto escolar. A investigação ocorre em duas etapas, envolvendo pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo. A pesquisa bibliográfica abrange o período de 1975 a 2015, com foco em estudos sobre o tema da criatividade, especificamente, ligados à arteeducação. A pesquisa de campo envolve gestores, professores e estudantes da disciplina Arte do 6º e 7º anos do Ensino Fundamental em duas escolas da rede pública. A coleta de dados inclui questionários e entrevistas semiestruturadas, análise do Projeto Político Pedagógico e observação participativa das aulas de Arte. Os resultados obtidos na pesquisa revelam que, na maior parte da literatura consultada sobre a criatividade, prevalecem concepções psicológicas que não consideram as interconexões entre o social e o cultural no estudo da formação da personalidade; os gestores e professores nos contextos investigados tendem a ver a criatividade como um fenômeno cultural histórico, mas sem alcançar uma explicação de nível teórico que contribua para compreendê-la em seus liames psicológicos; a mediação pedagógica dos professores de Arte não prioriza ações voltadas à imaginação criadora, tais como a problematização, a atividade do pensamento, a reflexão, a fantasia. Assim, as limitações impostas à imaginação e à motivação subjetiva trazem prejuízos à atividade de criação dos alunos, gerando formas estereotipadas de expressão, que acabam se mantendo no nível reprodutor, sem avançar para configurações estéticas mais elaboradas e originais do ponto de vista da ampliação e transformação das experiências. Conclui-se, assim, que existe a necessidade de desenvolver estudos sobre o tema da criatividade no ensino da Arte numa perspectiva histórico-cultural, superando noções enrijecidas ou equivocadas sobre o conceito e buscando a sua compreensão como uma função psicológica a ser desenvolvida de maneira sistêmica por meio da educação. |