Somos sertanejos? E por que não?! Goiânia para além do art déco.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Martins, Tattiussa Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia::Curso de Arqueologia
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Gestão do Patrimônio Cultural
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3852
Resumo: Essa dissertação versa sobre o conflito existente entre as concepções ideológicas e a realidade social e urbana encontrada na sociedade goianiense em suas primeiras décadas. Ao recorrermos aos pioneiros, percebemos que suas reminiscências mostravam uma Goiânia que em muito diferia da Goiânia estampada nos documentos oficiais. Lá Goiânia era descrita como uma cidadezinha tipicamente sertaneja. Aqui Goiânia ostentava uma arquitetura imponente, construções suntuosas, cidade moderna. A percepção de que existe um contraste entre as duas falas tornou-se evidente quando tomamos a Rua 20, compreendemos que toda problemática circundava em torno, de fixar uma identidade para a cidade que nascia. Para o projeto de Goiânia deslanchar era preciso consolidar as forças políticas, que em decorrência da proximidade com a Revolução de 30, não tinha ainda bases sólidas. A consolidação desse poder em Goiás, teve como expoente a construção de Goiânia, que para se afirmar camuflou suas raízes sertanejas, vestindo a roupagem discursiva do moderno. Contudo, o passar da tormenta não significou o resgate dessa identidade, ela continuou oculta. O tombamento dos edifícios que apresentam em sua fachada o estilo arquitetônico art déco, representante do poder e da Goiânia que se imaginava moderna desde o nascimento, reavivou as discussões em torno da identidade escondida, muito mais próxima dos goianienses do que a identidade imposta. Neste contexto, perguntamos: não estaria na hora de resgatar a nossa identidade sertaneja? Afinal, somos sertanejos? E por que não?!