A escolha de um filho: uma análise da construção social da adoção de crianças e adolescentes
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Ciências Sociais e da Saúde Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Serviço Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4988 |
Resumo: | Esta dissertação tem como objetivo analisar a construção social da adoção de crianças e adolescentes na sociabilidade capitalista. Para alcance do objetivo proposto, o materialismo histórico-dialético foi o método considerado capaz de ultrapassar a singularidade do fenômeno, possibilitando a interpretação totalizante do objeto de estudo, interrogando-o sobre todos os aspectos e ângulos. Nesse caminho, a pesquisa bibliográfica subsidiou teoricamente o estudo, a partir da reflexão em torno das principais obras que estabelecem relação com a temática estudada e com as categorias discutidas: Estado, Política Social, Família e Adoção. A pesquisa documental foi desenvolvida a partir da análise de relatórios estatísticos de fluxos contínuos disponibilizados pelo Conselho Nacional de Justiça sobre a adoção e de processos judiciais dos interessados em realizar a adoção na Comarca estudada. A pesquisa documental possibilitou também o levantamento desses pretendentes que, posteriormente, foram entrevistados nos formatos presencial ou remoto, por meio de uma plataforma. A metodologia utilizada permitiu refletir sobre as dimensões culturais, econômicas, sociais e históricas que atravessam a adoção, demonstrando que estas não poderiam ser deslocadas da análise das contradições existentes na sociedade de classe. O estudo apontou que, apesar dos pretendentes à adoção se constituírem importantes atores para a convivência familiar de crianças e adolescentes, na sociabilidade capitalista, a adoção se apresenta entranhada em relações materializadas e mercadorizantes, que produzem/reproduzem a oferta de crianças e adolescentes de famílias pobres para adoção, ao encobrir as relações de exploração e desigualdade que compõem sua engrenagem, impossibilitando que as famílias de origem permaneçam com seus filhos. Ademais, essa mesma sociabilidade dissemina um padrão de família, de corpos, de hábitos e costumes que fazem com que crianças e adolescentes com determinados perfis não sejam adotados. Nessa processualidade, os pretendentes se tornam instrumentos de reprodução da ideologia da classe dominante, favorecendo a manutenção dos pressupostos capitalistas |