A família atual: declínio da função paterna ou declínio dos pais?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Gomes, Juliana Guimarães de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/2066
Resumo: Considerando a contemporaneidade, temos assistido a uma inflação de episódios, como por exemplo, a violência, que de um modo geral indicam uma falha no processo de culturalização/socialização dos indivíduos. A família, como célula nuclear da sociedade, tem sido apontada como central para a análise desta conjuntura cada vez mais evidente. Neste sentido, faz-se mister buscar uma compreensão das configurações relacionais entre pais e filhos, mais especificamente no que se refere ao exercício da função paterna. Esta pesquisa teve como objetivo a investigação do exercício da função paterna na atualidade em situações onde há uma percepção pelos próprios pais de fracasso ou incapacidade no exercício da sua função de socializar os filhos. Para tanto foi realizada uma revisão bibliográfica que contemplou as configurações da família desde o final da Idade Média até o momento atual; um exame, ancorado na Psicanálise, do processo de constituição psíquica do indivíduo no interior da família, do papel central da função paterna e do que vêm sendo apontado como seu declínio ou enfraquecimento. Do ponto de vista empírico, a pesquisa realiza a observação e análise de três famílias participantes de um reality show da televisão brasileira, onde os pais encontravam-se em significativa dificuldade no processo de criação/educação dos filhos. São elencados os seguintes Fatores Motivacionais: Ideal de Pais (crença em um modelo onipotente); Despreparo Emocional (imaturidade, incapacidade de gerir conflitos, incapacidade de auto-avaliação e reflexão), Disposição Afetiva (medo de perda do amor, insegurança, culpa, identificação/projeção, ambivalência afetiva). A análise dos dados foi realizada por meio da observação e do exame pormenorizado das falas dos pais considerando o método de Analise de Conteúdo (Bardin, 2009). Uma consideração geral dos resultados afirma um declínio dos pais e não da função paterna na atualidade.