A política educacional para a EJA: um estudo em uma escola no Município de Uruaçu - Goiás

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silveira, Liévrê Xiol Morais
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidades
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4929
Resumo: Vinculada à linha de pesquisa Estado, Políticas e Instituições Educacionais do Programa de Pós-graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Goiás em Parceria com a Faculdade Serra da Mesa - Fasem Goiás, a presente tese objetivou analisar e interpretar a intencionalidade das políticas públicas para a modalidade de Jovens e Adultos partindo da dimensão macro ao micro. Esse estudo teve como lócus da pesquisa um colégio que atua na Educação de Jovens e Adultos no município de Uruaçu-GO. Para tanto, entender como ocorreu o processo histórico da Educação de Jovens e Adultos - EJA enquanto política pública de acesso e permanência na educação básica no Brasil é situar nossas questões problematizadora dentro do contexto dialético de sujeitos reais, que a partir do modo de produção capitalista tiveram seus direitos negados e excluídos. A introdução da Educação de Jovens e Adultos no país foi sendo consolidada por diversas lutas dos movimentos civis que trouxeram avanços nessa seara, porém, algumas políticas de governo agiram com retrocessos a partir de políticas públicas fragmentadas ou exauridas das agendas governamentais. No transcurso do estudo, foi possível conhecer as insígnias nas quais a EJA estava consolidada, as diversidades junto ao movimento da sociedade pelas mãos do trabalhador, vertente que nos traz aspectos sociais e econômicos dicotômicos amalgamados pelo capitalismo e o estrangeirismo no país. Nesse sentido, foi possível entender que a política e o Estado como órgão instrumentalizador da coisa pública se distancia dos embates educacionais do povo e o agride com desigualdade e alienação. Há emergência em se compreender o desenvolvimento das políticas públicas e nosso papel enquanto sociedade civil em lutar por condições de melhorias à população, ampliando os sentidos e a omnilateralidade da maioria dos pobres e oprimidos tolhidos do seu papel de representante da sua classe. O trabalhador precisa ser fomentado intelectualmente para ter prospectos instrumentais que o faça emergir da condição de alienado para intelectual de sua classe, prontos para transformação e libertação. No entanto, a classe opressora submete e gesta uma política pública obscurantizada ao trabalhador, que aliena milhares de pessoas que não tiveram oportunidade de se empoderar pela formação escolar de qualidade e são facilmente absorvidos pelas concepções da estrutura/superestrutura capitalista. A pesquisa empírica desvelou que o capitalismo não engendra políticas públicas educacionais de alcance as diversidades, até porque uma de suas vertentes é a manutenção da desigualdade social. Diante disso no colégio estudado foi possível perceber uma gestão que luta por melhorias e por uma ideologia de libertação, porém, os processos ditados pelas diretrizes e normas regulamentadoras neoliberais operam ao contrário da práxis de professores e gestores locais. Sendo assim, o capitalismo utiliza de intencionalidades e instrumentos para operar em consenso nessa seara, levando a evasão, desistência e sensação de fracasso dos alunos que desacreditam na educação como um meio político de formação do homem liberto. Muito das ações de EJA encontram-se fragmentadas ou foram interrompidas nas agendas políticas, de acordo com o grupo ideológico no poder, ação esta que mutilam os programas de EJA. Para tanto, precisa-se buscar além de políticas públicas que atendam aos sujeitos mas sim uma visão transformadora do concreto real