A/o bibliotecária(o)-documentalista ante as novas tecnologias e a flexibilização do trabalho no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG): 2009-2012

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Souza, Maria Aparecida Rodrigues de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/1086
Resumo: O estudo teve como objeto de pesquisa o exercício profissional das/dos bibliotecárias(os)- documentalistas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) visando compreender, interpretar e analisar como acontece a materialização da força de trabalho da trabalhadora e do trabalhador, em tempos de produção flexível, no ambiente da biblioteca escolar, na era tecnológica. Considerando que a educação é historicamente influenciada pelas transformações ocorridas no mundo do trabalho, à luz das concepções marxiana e marxistas, torna-se pertinente investigar como se desenvolvem as relações de trabalho da/do profissional de biblioteconomia e da ciência da informação em instituições educacionais. A pesquisa de campo foi realizada nos dez câmpus do IFG com levantamento de dados empíricos por meio de questionários, entrevistas semiestruturadas e análise de documentos. Os dados foram analisados seguindo os princípios do materialismo histórico dialético, fundamentados sobretudo nas obras de Marx, Antunes, Manacorda, Frigotto, Hirata e Nogueira, buscando articular o objeto de pesquisa e seus múltiplos determinantes históricos, políticos e econômicos, sociais e culturais. Pelos dados analisados, de acordo com os referenciais teóricos adotados, entendeu-se que a superação dos limites existentes para que as/os bibliotecárias(os)-documentalistas possam conquistar condições dignas de trabalho passa pela constituição de uma identidade política, capaz de desvendar os processos de alienação do modo de produção capitalista, partindo da compreensão de que a educação omnilateral da trabalhadora e do trabalhador é o caminho para a humanização da mulher e do homem.Verificou-se que as novas tecnologias no exercício profissional das/dos bibliotecárias(os)-documentalistas no IFG são essenciais e contraditórias, embora sejam fundamentais para facilitar o trabalho, elas também o são para extração da mais-valia relativa ainda que não reconhecidas pelas/pelos profissionais. A/O bibliotecária(o)-documentalista se faz multifuncional para atender as políticas institucionais que diversificam seu trabalho com uma variedade de tecnologias, complexidade de cursos e de usuárias(os) que buscam mais autonomia de uso dos serviços e, consequentemente, controle sobre o trabalho da/do profissional da biblioteca. Essas ferramentas também servem como mecanismo de controle do fluxo de produção e de qualidade de serviços realizados pelas/pelos bibliotecárias(os)- documentalistas. Percebeu-se três diferenças no exercício do trabalho entre mulher e homem: (1) no modo de utilizar as novas tecnologias por mulheres e homens; (2) a dupla jornada realizada pelas mulheres conciliando vida profissional com a doméstica, fato que ocorre em menor intensidade com os homens; (3) maior interesse das mulheres em qualificação permanente para lidar com as novas tecnologias no exercício profissional.