Efeitos colaterais da quimioterapia durante a evolução nutricional de pacientes oncológicos em acompanhamento ambulatorial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Saragiotto, Laiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/14913
Resumo: Introdução: A ocorrência de efeitos colaterais é comum em pacientes oncológicos em tratamento de quimioterapia. Desta maneira, é fundamental que os profissionais de saúde realizem um acompanhamento adequado para a melhora da qualidade de vida destes pacientes. Objetivo: Investigar os efeitos colaterais durante a evolução nutricional de pacientes oncológicos em acompanhamento ambulatorial de quimioterapia. Casuística e Método: O estudo foi realizado no ambulatório de quimioterapia do Hospital PUC-Campinas, por meio de um delineamento retrospectivo longitudinal. Foram envolvidos 187 prontuários médicos com pacientes portadores de neoplasia de mama (n=69), cabeça e pescoço (n=36), ginecológicas (n=19), pulmão (n=19) e colorretal (n=44). Foram analisadas as seguintes variáveis: idade, sexo, data de atendimento, peso, altura, IMC (Índice de Massa Corporal), estado nutricional, efeitos colaterais, presença de comorbidades e o uso de suplemento nutricional. Na análise estatística, utilizou-se o método das Equações de Estimação Generalizadas (EEG), os testes Kruskal-Wallis, Dunn, Mann-Whitney e o coeficiente de correlação de Spearman. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: A média de idade foi de 57,5±12,1 anos e63,64% dos pacientes eram do sexo feminino. Os sintomas mais encontrados foram náuseas (18,8±23,7%), inapetência (18,0±23,2%) e constipação intestinal (12,2±18,9%). De acordo com o método de Equações de Estimação Generalizadas (EEG), o estado nutricional prevalente foi a eutrofia, seguido do sobrepeso. Observou-se ainda que o sintoma de vômito apresentou diferença estatisticamente significante (p=0,0211), ao longo do tempo. Na correlação dos sintomas com os cinco tipos de neoplasias estudadas, o sintoma de náuseas apresentou diferença estatisticamente significante, quando comparados a neoplasia colorretal e à neoplasia de mama (p=0,0062). O sintoma de vômito apresentou diferença estatisticamente significante na neoplasia de pulmão e colorretal, quando comparado à neoplasia de mama (p=0,0022). E o sintoma de disfagia, quando comparado à neoplasia de cabeça e pescoço com as demais (p<0,0001). Também houve diferença estatisticamente significante na análise entre as consultas realizadas e o sexo (p=0,0102), e entre o sintoma de disfagia e o sexo (p<0,0001). Conclusão: Os sintomas de náuseas, inapetência e constipação intestinal, foram os mais relevantes, ao longo do tempo durante o período de acompanhamento ambulatorial em quimioterapia, e o estado nutricional não apresentou alterações importantes.