Estimulação do potencial criativo no contexto educacional não formal, direcionado ao mercado de trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Allan Waki de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16044
Resumo: Esse estudo apresenta um programa de intervenção e desenvolvimento da criatividade, realizado junto a adolescentes, menores aprendizes que frequentam um projeto social oferecido no mesmo local de seu trabalho (uma concessionária de veículos). Participaram do estudo 41 adolescentes (F=11; M=30), frequentadores de uma instituição de ensino não-formal situada no município de Campinas, com idades entre 15 e 18 anos, divididos em três grupos (G1, G2 e G3). O G1 e o G2 participaram do programa de enriquecimento em criatividade (com cargas horárias de 42 e 66 horas, respectivamente; desenvolvidas ao longo de dez e seis meses, respectivamente), sendo, o G3, o grupo controle. Além do programa de enriquecimento da criatividade, foram utilizados a Bateria de Provas e Raciocínio (BPR-5) e o Teste Verbal de Torrance para verificação da influência do programa em medidas cognitivas e criativas. Os testes psicológicos foram aplicados antes e após a intervenção (programa de enriquecimento) para os três grupos. A análise dos dados foi feita em quatro estudos: (i) avaliar o nível de criatividade dos participantes antes e após a participação. Os resultados indicaram que a expressão criativa (no G1) e a criatividade elaborativa (no caso do G2) diminuíram, notando-se, por outro lado, aumento no raciocínio mecânico em ambos os grupos); (ii) comparar os resultados obtidos pelos grupos experimentais com o grupo controle: tanto o G1 quanto o G2 demonstraram ganhos em medidas de inteligência, como raciocínio mecânico (em ambos os grupos), raciocínio numérico (no G1) e escore geral (no G1); (iii) avaliar a influência do tempo de participação no programa de enriquecimento, nas medidas de criatividade e inteligência: ambos os grupos obtiveram ganhos significativos em raciocínio numérico, sendo que o G1 (que teve menos horas no programa de enriquecimento) obteve melhores médias que o G2; (iv) avaliar a relação entre criatividade e inteligência nos grupos: poucas correlações significativas foram encontradas, não sendo significativas entre as medidas totais dos instrumentos. Os resultados indicaram que, no grupo investigado, a atuação laboral na adolescência tem prejudicado a criatividade dos participantes, sendo que, por outro lado, tem possibilitado o aumento da inteligência, especialmente o raciocínio mecânico. Outros estudos complementares devem ser realizados para verificar se outros fatores externos influenciam no desenvolvimento da criatividade no ambiente laboral.