Avaliação do nível da criatividade figural infantil em dois diferentes contextos de educação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Silva, Talita Fernanda da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15963
Resumo: A criatividade é uma característica que tem sido bastante reconhecida e exigida nos contextos sociais, destacando-se, dentre esses, o contexto educacional. Assim, este estudo buscou avaliar a criatividade de crianças que frequentam diferentes contextos de educação, sendo: (1) exclusivamente contexto de educação formal e (2) simultaneamente contexto formal e não formal, visando verificar a existência de diferenças no desempenho criativo dos grupos de acordo com o contexto freqüentado e a influência das variáveis sexo, série, tipo de ONG e tempo de permanência no contexto não formal. Participaram deste estudo 100 sujeitos, de ambos os sexos, sendo 48 do sexo feminino e 52 do sexo masculino, com faixa etária entre nove a 11 anos de idade (M=10,7; DP=0,80), de 3ª a 6ª série do Ensino Fundamental, selecionados por conveniência em três contextos de educação, sendo, uma escola, representando o contexto de educação formal (n=51) e duas instituições do tipo ONG para representar o contexto de educação não formal (n=49; instituição 1: n=26 e instituição 2: n=23). Para avaliação da criatividade foi utilizado o Teste de Criatividade Figural Infantil (Nakano, Wechsler & Primi, 2011), composto por três atividades de estímulos incompletos que devem ser respondidos sob a forma de desenhos. Permite avaliar 12 características criativas agrupadas em quatro fatores (Enriquecimento de Ideias, Emotividade, Preparação Criativa e Aspectos Cognitivos). Os resultados mostraram que as variáveis sexo, série e contexto educacional não exerceram influência significativa em nenhum dos fatores criativos, já em relação as características criativas, a variável sexo exerceu influência significativa sob Perspectiva Incomum (F=4,67; p≤0,03) e Originalidade (F=6,79; p≤0,01) da atividade 2, a interação sexo x série influenciou Originalidade na atividade 2 (F=3,22; p≤0,02), sexo x contexto para Perspectiva Interna na atividade 2 (F=4,75; p≤0,03) e para Perspectiva Incomum na mesma atividade (F=5,68; p≤0,01), sexo x série x contexto em Perspectiva Interna na atividade 2 (F=4,40; p≤0,03) e Originalidade na atividade 2 (F=5,56; p≤0,02). Também verificou que, a variável ONG exerceu influência significativa sob a característica Movimento (F=6,88; p≤0,01) da atividade 2, tempo x ONG apresentou influência significativa em Elaboração (F=3,32; p≤0,04), Uso de Contexto (F=3,68; p≤0,03) e Movimento (F=10,00; p≤0,00) da atividade 2; e a variável tempo exerceu influência significativa sob Movimento (F=5,26; p≤0,00) e Fluência (F=3,16; p≤0,05), da atividade 2. Tais achados permitiram discutir e refletir a respeito da importância dos dois contextos de educação para o desenvolvimento do desempenho criativo, embora muito ainda tenha que ser trabalhado nesses meios. Conclui-se o quanto ainda se tem para desenvolver a respeito de criatividade em diferentes contextos de educação, como em educação não formal, espaço que é tão pouco explorado em pesquisas brasileiras.