Psicologia e assistência social: reflexões sobre a atuação no terceiro setor, à luz da psicologia crítica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Janiake, Etienne
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15929
Resumo: O trabalho reflete sobre a inserção da Psicologia nos serviços e programas da Política Nacional de Assistência Social, realizados por entidades socioassistenciais não governamentais do terceiro setor . Apresenta como objetivos específicos: expor um panorama crítico do desenvolvimento da Política Nacional de Assistência Social; explicitar os fundamentos dessa política, contrapondo as diretrizes expressas nos marcos legais, com a realidade observada nos programas e serviços em funcionamento no país; refletir sobre o papel desempenhado historicamente pela Psicologia na relação com a questão social; introduzir a Psicologia Crítica, como uma perspectiva que aponta elementos fundamentais para a atuação profissional nessa política. Baseado na metodologia Materialista Histórica Dialética, esse trabalho teórico contempla as seguintes etapas metodológicas: revisão dos marcos legais que fundamentam a política de assitência social e prevêem a atuação dos psicólogos nessa política; revisão bibliográfica de trabalhos científicos publicados, relacionados à inserção da Psicologia no Sistema Único de Assistência Social; e reflexão de prática profissional executada em organização não governamental. Observa-se, como resultado, o impacto do crescente processo de privatização dessa política, com falhas no processo de suporte, capacitação, acompanhamento e controle dos serviços prestados pelo terceiro setor , por parte do poder público. Além disso, identificou-se a carência de um embasamento teórico e prático dos psicólogos para essa inserção, fruto da fragilidade própria da ciência e profissão da Psicologia, que ao colocar o indivíduo como seu objeto de estudo e foco de atuação, historicamente trouxe poucas contribuições à compreensão da dinâmica social da exclusão. Conclui-se, apontando para a necessidade de fortalecimento de um novo projeto ético-político para a Psicologia, que partindo de uma perspectiva crítica, e constante articulação com as políticas públicas vigentes, abarque a compreensão das contradições existentes na sociedade e na própria profissão, resultando em uma prática efetivamente comprometida com a transformação da realidade social.