Entre fronteiras e conflitos: aspectos fundiários da formação do sertão do Rio Pardo, 1775 – 1865

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Ferreira, Rafael Augusto Silva
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: PUC-Campinas
• Palavras-chave em Português: Sertão do Rio Pardo; patrimônio religioso; formação territorial; fazendas; conflitos de fronteiras; Caconde; Rio Pardo’s hinterland; religious heritage; territorial formation; farms; frontier conflicts
• Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16223

Essa dissertação objetiva compreender o processo de formação da rede urbana de uma parcela do Sertão do Rio Pardo, relacionada com a formação da fronteira entre as Capitanias e depois Províncias de São Paulo e Minas Gerais, a partir da fundação da freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Bom Sucesso do Rio Pardo, em meados do século XVIII. O recorte temporal estende-se até a formação dos dois primeiros patrimônios religiosos desmembrados de seu território: Espírito Santo do Rio do Peixe (1834) e São José do Rio Pardo (1865), abarcado pelo recorte de 1775 a 1865. Contudo, para demostrar a formação dessa rede urbana, recuamos no tempo até as primeiras décadas do século XVIII demonstrando a formação do Caminho dos Goiases e seu papel na estruturação de uma rede de pousos, povoados e freguesias destacando os aspectos fundiários das diferentes formas de ocupação do território. Para tanto, o método empregado foi o trabalho sobre fontes primárias (textuais e cartografia histórica), espacializadas em bases cartográficas e georreferenciadas. Metodologicamente, a pesquisa situa-se no campo disciplinar da Histórica da Urbanização, utilizando conceitos da Geografia e da Morfologia Urbana como aportes teórico-metodológicos para a compreensão da dimensão espacial das fontes primárias. Através do exame aprofundado de árida documentação primária (Maços de População, Sesmarias e Registro Paroquial de Terras) podemos avançar na compreensão da formação desse território a partir da confrontação dos resultados com a bibliografia estabelecida para essa pesquisa. Ao espacializar a rede urbana em formação, revelamos novas nuances da ocupação do Sertão do Rio Pardo, dando vida aos atores envolvidos nesse processo, representantes de uma oligarquia agrária atuante no século XIX.