À sombra da capela: os patrimônios religiosos na constituição dos espaços urbanos e na formação do território polarizado pelas vilas de Casa Branca e Caconde no século XIX.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ferreira, Rafael Augusto Silva
Orientador(a): Pereira, Renata Baesso
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16640
Resumo: No território polarizado pelas vilas de Casa Branca e Caconde, durante o século XIX, núcleos urbanos nasceram a partir da doação de terras a um orago de devoção e passaram a constituir patrimônios de capelas. Localizados à sombra das capelas, estes núcleos desempenharam papéis distintos na economia do abastecimento durante a primeira metade do século XIX, e como produtores de café, no rastro dos trilhos da ferrovia, a partir da década de 1860. A pesquisa analisa o processo de formação do território e dos espaços urbanos na rede urbana polarizada pelas vilas de Casa Branca e Caconde a partir da formação desses patrimônios e de suas características fundiárias e morfológicas. Também discute o papel dos patrimônios de capelas na ocupação dos sertões, no processo de formação territorial e na constituição dos traçados urbanos, mobilizando várias escalas geográficas. As fontes primárias incluem documentos textuais e cartográficos produzidos pelos governos civil e eclesiástico, privilegiando as questões fundiárias e materiais do processo de urbanização. Em termos metodológicos, vale-se do jogo de escalas geográficas – do território aos espaços urbanos – do conceito de rede urbana e dos métodos do SIG Histórico, geoprocessando dados textuais e cartográficos em mapas georreferenciados, para lançar luz sobre o papel desempenhado por pontos de diferentes status no território – fazendas, pousos, bairros rurais, capelas, freguesias, distritos, vilas e cidades. Demonstra-se a relação conflituosa entre a Igreja Católica e o Estado no controle do espaço urbano a partir de alguns estudos de caso nessa rede no decorrer do Império e nos anos iniciais da República, período no qual a relação entre os poderes secular e eclesiástico passou por uma redefinição. A pesquisa permite repensar o conceito de urbano no século XIX ao demonstrar a razão da existência de uma rede de propriedades rurais que orbitavam capelas curadas, freguesias, distritos e vilas.