Cabeceiras do Rio Pardo: ocupação e formação da região de Caconde-SP (1765-1820)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Celeste, Marcos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93183
Resumo: A ocupação da região das Cabeceiras do Rio Pardo – atualmente correspondente às cidades paulistas de Caconde, São José do Rio Pardo, São Sebastião da Grama, Tapiratiba e Divinolândia – teve seu povoamento iniciado em 1765, ano em que o governador de São Paulo, Luis Antonio de Sousa Botelho Mourão, o Morgado de Mateus, enviou uma diligência com o intuito de pesquisar o ouro que ali havia e garantir a posse da região. Concomitantemente, deu-se um deslocamento populacional para essa área em busca das catas de ouro e de terras para o plantio. Nesse movimento, estabeleceu-se o povoado de N. S. da Conceição do Rio Pardo, que em 1775 foi elevado a freguesia. Esse núcleo populacional correspondeu aos limites da Vila de Caconde (SP) que, no início do século XIX, centralizou os bairros rurais surgidos nas suas proximidades. A integração desse espaço ao território paulista foi acelerada pela expansão da agricultura de exportação na região paulista conhecida como quadrilátero da cana. Transformação essa que se dera no final do século XVIII, possibilitada pela economia de abastecimento interno desenvolvida em algumas regiões de São Paulo, a partir do século XVII. O surgimento de práticas agrícolas voltadas ao mercado internacional ocorreu, sobretudo no período pombalino e no governo de Morgado de Mateus. Quando D. José I assumiu o trono de Portugal, uma série de medidas foram tomadas com o objetivo de que o país alcançasse a riqueza de nações como a Inglaterra e a França, fortalecendo também sua presença na América Portuguesa. Nesta última, as políticas que objetivavam esse avanço se deram grandemente em torno do fomento agrícola, que aos poucos começou a surtir efeito, sobretudo nas regiões do Centro-Sul. Foi esse o caso da Capitania de São Paulo que, entre 1760 e 1770, passou a registrar seus primeiros produtos agrícolas para exportação pelo porto de Santos