Oikonomia trinitária na obra de Giorgio Agamben: entre o reino e a glória, Opus dei e altíssima pobreza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pfister, Mariana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/14857
Resumo: Para explicar o conceito de estado de exceção permanente e, consequentemente, a figura do homo sacer nas sociedades ocidentais contemporâneas, o filósofo Giorgio Agamben mergulha fundo no universo da teologia política. Em O Reino e a Glória (2011) reflete sobre o problema da secularização no mundo contemporâneo, onde se instaura, hegemonicamente, o império da oikonomia sobre a política na contemporaneidade, do que deriva a ordem jurídica das sociedades ocidentais. A oikonomia, ou seja, a governabilidade contemporânea, diz respeito, segundo Agamben, à genealogia do poder soberano instaurado no Ocidente, poder este que, pela decisão, ativa, cada vez mais, dispositivos que produzem a vida nua, submetendo a biós à zoé. Pretende-se estudar, na sua complexidade, as relações entre a oikonomia, a operatividade e o simples uso de fato, de modo a compreender-se, em profundidade, a articulação entre a trilogia O Reino e a Glória, Opus Dei e Altíssima Pobreza. Objetiva-se, com isso, contribuir para o desvelamento acerca dos vínculos existentes entre a oikonomia trinitária e o poder soberano contemporâneo, chave para as reflexões atuais sobre política, o direito e a religião - debate que, ano a ano, vêm ganhando centralidade nas Ciências da Religião.