Entre indivíduo-sociedade e natureza-cultura: a constituição do ser - uma modelagem para a psicologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Ilario, Enidio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15714
Resumo: A partir de uma perspectiva metodológica que traz os diagramas como ferramentas centrais e tomando como referência alguns autores que se utilizam dessa metodologia como recurso explicativo, pretende-se demonstrar a adequação dessa abordagem no campo da psicologia. Na filosofia, por exemplo, o more geometrico (de acordo com a ordem de demonstração na geometria) sempre foi recurso largamente utilizado, fincando raízes profundas no campo do conhecimento. Os modelos, grosso modo, são abstrações e implicam sempre em certo grau de simplificação frente à complexidade dos fenômenos que se quer explicar. Um clássico exemplo de modelagem (ou modelamento) é a metapsicologia freudiana e a partir dela, outros empreendimentos se desenvolveram, por exemplo, na Escola de Relações Objetais o desenvolvimento de modelos complementares às tópicas freudianas, buscando dar conta da fenomenologia da intersubjetividade e grupalidade. Em outros campos da psicologia, modelos explicativos foram desenvolvidos, entre outros, por Kurt Lewin, Piaget, neurologistas e psicólogos russos, entre os quais Vygotsky, autor que já vislumbrava em seu tempo uma disciplina mais geral do que a psicologia, hoje identificada no projeto transdisciplinar das ciências da cognição. Podemos dizer que de comum a todos, a busca da formalização na psicologia, contudo, sem lograr sucesso, mantendo o projeto ainda em aberto. Tais autores, bem como muitos de seus discípulos, procuraram e ainda procuram contribuições em áreas como a Matemática, a Lógica, o Estruturalismo, a Teoria dos Sistemas e mais recentemente, a Teoria da Auto- Organização e a Neurociência. No presente estudo, renovando o olhar sobre as mesmas fontes e tendo a metapsicologia como fio condutor, buscou-se desenvolver uma modelagem original a partir da lógica diagramática. Disso, resultou um plano topológico-vetorial, constituído através de dois eixos ortogonais e fundadores de um plano de imanência com duas dimensões diversas e complementares, a horizontal constituída pela polaridade indivíduo-sociedade e a vertical, constituída pela polaridade natureza-cultura. Os eixos também delimitam quadrantes, espécies de territórios existenciais, colonizados por personagens conceituais e, através deles, meta-experimentações, no sentido de quase-empiria , tornam-se possíveis através de uma analítica vetorial.