Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Hanny Heni Slany
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Orientador(a): |
Araújo, João Sebastião de Paula
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Banca de defesa: |
Donnagema, Guilherme K.,
Resende, José Varlos Fialho de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13688
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Resumo: |
O pinhão manso (Jatropha curcas L.) é oleaginosa com potencial para a produção de biodiesel, havendo algumas iniciativas de cultivo no Brasil. A expansão da cultura, o desconhecimento de parâmetros fitotécnicos e do seu zoneamento edafoagroclimático, bem como sobre ocorrência de doenças e pragas, tem repercutido em investimentos em pesquisa. Com relação às pragas e doenças, embora não se disponha de estatísticas, suspeita-se de diversidade de organismos limitando a produtividade e reduzindo a qualidade das sementes. A ferrugem, por exemplo, é uma doença fúngica que ataca o pinhão manso em algumas regiões do Brasil. Este patógeno provoca desfolha precoce, causando prejuízos à planta. Diante disso, este trabalho teve como objetivos: a) detectar e identificar as principais doenças e pragas associadas às plantas de pinhão manso da Coleção de Germoplasma da UFRRJ; b) avaliar os danos causados pela ferrugem (Phakopsora arthuriana) do pinhão manso nas condições de Seropédica, RJ; c) identificar germoplasma que apresente potencial para manifestar tolerância/resistência à ferrugem; e d) desenvolver e validar uma escala diagramática para quantificação da severidade da ferrugem em folhas de pinhão manso, ferramenta esta, muito importante nos processos de monitoramento de tal agente infeccioso. Foram realizadas coletas de folhas e frutos de pinhão manso, além de captura de insetos. Em seguida, foi realizada a triagem, bem como a tentativa de isolamento de microrganismos em meio BDA. A severidade da ferrugem foi quantificada em 220 acessos existentes na coleção. Foi elaborada uma escala diagramática com os níveis de 1,7; 3,5; 5,0; 8,5; 10,5; e 13% de área foliar lesionada. Em seguida, objetivando validação das escalas, cinco avaliadores sem experiência realizaram duas avaliações em 35 fotos de pinhão manso com sintomas de ferrugem, com diferentes níveis de severidade. A precisão e a acurácia dos avaliadores foi avaliada através de regressão linear simples e análise de variância dos erros. Entre as pragas, os insetos Retithrips syriacus e Empoasca sp., e o ácaro Polyphagotarsonemus latus se destacaram como causadores de danos. Foram assinalados como novas ocorrências para a cultura a presença dos seguintes insetos: mastigadores – Liposcelis sp., Araecerus fasciculatus, Dachris sp., Omophoita albicollis, Lagria sp., Trigona spinipes e Melanchroia sp.; sugadores – Campylenchia hastata, Aphis gossypii, Pseudoparlatoria sp., Crinocerus sanctus, Leptoglossus gonagra, L. stigma e Sphictyrtus chryseis. Além disso, pôde ser comprovado que o ambiente onde a cultura estava instalada favoreceu o desenvolvimento de Aspisoma hesperidium, predador de moluscos. Com relação às avaliações de plantas com ferrugem, os acessos 63 e 79 ambos procedentes de Jaíba, não desenvolveram sintomas durante o período das avaliações. Dentre os acessos estudados, os de números 28 (Lavras lote – 210), 62 (Lavras lote – 000), 116 (Petrolina), 129, 131 e 160 (Dourados) foram os que apresentaram maior severidade, ao passo que 08 (Janaúba), 73 (Guapimirim), 106, 138 e 194 (Janaúba), 209 (Dourados), e, 219 (Petrolina) foram enquadrados com menor severidade de ferrugem. A escala diagramática proposta apresentou uma boa precisão e acurácia para a avaliação da severidade da ferrugem em folhas de pinhão manso. |