Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Valdemar Donizeti de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15612
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Resumo: |
A história da profissão do psicólogo, confunde-se com a própria inserção deste profissional no campo da atenção à saúde pública e suas vicissitudes. No entanto, ainda prevalece um distanciamento entre a formação de psicólogos na Universidade e a realidade da rede pública de saúde. Esta situação também se reflete na escassez de estudos a respeito da formação em psicologia em saúde pública. A PUC-Campinas possui uma das experiências pioneiras, datada de 1986, na formação de psicólogos na atenção básica, para atuação no Sistema Único de Saúde (SUS). Esta pesquisa objetivou apreender as vivências de estagiários da área de Psicologia na Saúde/Clínica em atividades desenvolvidas como participantes de equipes de saúde da família no município de Campinas, significando-as no diálogo cotidiano com o pesquisador. Participaram da pesquisa seis estagiários do último ano do Curso de Graduação em Psicologia da PUCCampinas, inseridos em dois grupos de estágio com atividades supervisionadas em dois Centros de Saúde-Escola, localizados na região Noroeste do município. O acompanhamento das vivências dos estagiários pelo pesquisador iniciou-se com a entrada no campo, expressa neste estudo de maneira etnográfica, até a composição dos dados da pesquisa que foram produzidos em dois momentos: a) Diário de Versões de Sentido registro semanal de sínteses subjetivas efetivadas individualmente pelos seis estagiários; b) entrevistas individuais, semi estruturadas realizadas pelo pesquisador com cada estagiário. Os depoimentos e diários de versões de sentido foram analisados qualitativamente a partir de uma leitura fenomenológica. A interpretação fenomenológica do pesquisador acerca destes dados possibilitou uma interlocução com estudos semelhantes encontrados em bases de dados. A partir da análise dos significados das vivências dos estagiários foi possível concluir: a) a formação do estagiário num campo como o da saúde pública é sentido inicialmente como algo totalmente desconhecido, vivenciado com surpresa e um certo embaraço em relação à inexperiência percebida para este tipo de trabalho em equipe de saúde da família; b) por outro lado, desenvolve-se rapidamente uma empatia com o campo da saúde pública, em virtude de uma vivência gratificante com a equipe de técnicos, possibilitando a formação de vínculo afetivos e de um sentimento de pertinência à equipe de saúde; c) sentir-se realmente como um psicólogo decorre da aprendizagem vivida no cotidiano das reuniões de equipe, no exercício de uma prática clínica centrada no saber coletivo e interdisciplinar denominada clínica ampliada; d) como elementos significativos, facilitadores do desenvolvimento profissional, destacaram-se: a visita domiciliar, a reunião sistemática da equipe, a diversidade de profissionais e de usuários, as situações vividas no território; e) sentimentos de frustração e descontentamento foram expressos como decorrentes da vivência de dificuldades face à complexidade de alguns casos, e à falta de adesão dos pacientes em relação aos atendimentos clínicos disponibilizados. Esta leitura fenomenológica acerca da formação em serviço, tendo como objeto de investigação a vivência do próprio estagiário, traduz a intenção de colocar em foco a responsabilidade social das instituições de ensino superior em relação ao compromisso de capacitar profissionais para atuar na realidade da sociedade brasileira |