Plantão psicológico: estudo fenomenológico em um serviço de assistência judiciária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Mozena, Helen
Orientador(a): Cury, Vera Engler
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15811
Resumo: Esta pesquisa objetivou compreender a potencialidade terapêutica de uma modalidade de atenção psicológica clínica, denominada plantão psicológico, ao ser implantada pela pesquisadora no contexto de um Serviço de Assistência Judiciária. Fundamenta-se nos pressupostos da psicologia humanista, especificamente na Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), desenvolvida pelo psicólogo norte-americano Carl Rogers. Enquadra-se na modalidade de pesquisa qualitativa, caracterizando-se como pesquisa intervenção. A pesquisadora permaneceu de plantão no Serviço durante dois dias, semanalmente, por um período de nove meses. Participaram do estudo indiretamente todas as pessoas que procuraram pelo atendimento no plantão psicológico e concordaram em participar da pesquisa. O método adotado foi o fenomenológico, sendo a experiência intersubjetiva da pesquisadora, vivida durante os atendimentos, o objeto de análise. Assim, foram redigidas narrativas que trouxeram à luz elementos significativos da experiência vivida nos atendimentos. Constatou-se que a presença de uma plantonista no contexto do Serviço de Assistência Judiciária contribuiu para que a instituição pudesse oferecer uma escuta psicológica diferenciada às pessoas e suas demandas. Os clientes apropriaram-se do espaço de atendimento psicológico a sua própria maneira, o que lhes permitiu atribuir às queixas de natureza jurídica novos significados. Portanto, foi possível disponibilizar um espaço privilegiado para que o sofrimento psicológico também pudesse ser expresso e acolhido naquele contexto, funcionando como instrumento potencializador da tendência atualizante. O plantão psicológico não ocorreu apenas durante os atendimentos formais aos clientes, mas também na convivência com funcionários e estagiários que buscaram espontaneamente ajuda psicológica. Sendo assim, foi possível conhecer o sentido da prática do plantão psicológico neste contexto, seus limites e potencialidades, e legitimá-la como uma modalidade de atenção psicológica clínica condizente com a clientela e o Serviço.