Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Maisa Elena |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15942
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Resumo: |
A partir da aprovação da Política Nacional de Assistência Social (PNAS) em 2004 e implementação do Sistema Único de Assistência social (SUAS), o psicólogo compõe as equipes técnicas dos serviços dessa política pública, inaugurando oficialmente um novo campo de atuação. Com essa inserção, o psicólogo lida com demandas das classes populares, o que exige da psicologia, como ciência e profissão, novas concepções e práticas que possam contribuir de forma efetiva para mudança social e melhoria da qualidade vida do público-alvo destes serviços. O objetivo dessa pesquisa foi problematizar a inserção e atuação do psicólogo no SUAS, para refletir e discutir criticamente sobre as ações, problemas e dilemas enfrentados pelo profissional nesse contexto. Trata-se de uma pesquisa qualitativa fundamentada no Materialismo Histórico Dialético, em que foram realizadas análises das seguintes fontes de informação: Referências Técnicas do Conselho Federal de Psicologia (CFP); e Diários de Campo construídos a partir das reflexões da pesquisadora durante a participação em eventos públicos sobre o tema (seminários, fóruns, debates etc.). As análises desses materiais explicitaram as contradições entre o que é proposto pela PNAS e nas orientações do CFP com o que é realizado e vivenciado pelos profissionais na prática. Os resultados da pesquisa apontaram que apesar da inserção no SUAS representar um novo espaço de atuação para o psicólogo, os profissionais ainda reproduzem velhas práticas. Tal afirmação deve-se à identificação de ações que mantêm a perspectiva de uma psicologia tradicional que tende a deter-se apenas aos aspectos individuais e subjetivos para a compreensão dos problemas das pessoas. Ademais, os profissionais queixaram-se da sua formação e da falta de espaço para discutir sua prática, o que, muitas vezes, faz com que a repercussão de suas ações não atinja os objetivos almejados. Além do problema da formação, que não atende a esse novo contexto de atuação, o profissional ainda encontra nos serviços do SUAS diversas outras dificuldades como por exemplo: condições inadequadas de trabalho devido à falta de infraestrutura física para funcionamento dos serviços e vínculos de trabalho precarizados. No entanto, a pesquisa identificou também práticas convergentes com as demandas do SUAS como: a inserção na comunidade e trabalhos em grupos com um viés mais participativo e coletivo. Foram ainda identificadas algumas estratégias de superação dos problemas e dilemas por meio da organização coletiva e da participação política de alguns profissionais, como por exemplo, os fóruns de trabalhadores do SUAS. |