Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Ana Paula Gomes |
Orientador(a): |
Guzzo, Raquel Souza Lobo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15740
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Resumo: |
Este trabalho discute o sentido da atuação crítica no campo da Psicologia Escolar a partir do conceito de situação-limite delineado por Ignacio Martín-Baró no âmbito da Psicologia Social da Libertação. Partimos da compreensão de que a ausência do psicólogo escolar na escola pública instaura uma lacuna entre a perspectiva crítica anunciada pela área e a sua caracterização na prática. Assumindo a práxis como uma posição ético-política, tomamos nossa inserção em uma Escola Pública Municipal de Ensino Fundamental como condição para a consideração desta questão. Com o objetivo de caracterizar o que significa a atuação crítica do psicólogo escolar, propusemos uma síntese entre a categoria situação-limite construída por Ignacio Martín-Baró e alguns conceitos elaborados por L. S. Vigotski no aporte da Psicologia Histórico-Cultural. A partir desta síntese, considerando a escola como espaço de promoção de desenvolvimento, compreendemos que as situações-limite são aquelas que estruturalmente significam prejuízo, dificuldade ou impedimento para o desenvolvimento das crianças, mas que, incorporadas às situações sociais de desenvolvimento, delimitam suas possibilidades de superação ou reconfiguração. Falamos de momentos críticos na vida escolar das crianças que, dialeticamente, guardam a possibilidade de modificação na relação com os outros. Defendemos a tese de que as ações do psicólogo, inseridas no cotidiano da escola, quando orientadas pela identificação e caracterização das situações-limite, passam a constituir uma atividade favorecedora do desenvolvimento das crianças neste contexto e, assim, delimitam o sentido do que chamamos de atuação preventiva crítica. As evidências que sustentam esta tese estão organizadas no modelo metodológico que construímos à base do Materialismo Histórico-Dialético: as cenas do cotidiano escolar. Para isso, elaboramos diários de campo como sínteses de nossas ações na escola e os tomamos como fonte para o delineamento de atos ou histórias da vida real dos atores do cenário escolar. Este delineamento foi iluminado pelo conceito de situação-limite como dimensão de significação para a análise dos sentidos contidos nos diários de campo. Destes atos extraímos cenas e dedicamo-nos à análise das situações-limite objetivadas como dimensões singulares, confrontadas com as particularidades que as constituíram. Esta análise concluiu que estar no cotidiano da escola é condição para que o psicólogo atue criticamente no processo de desenvolvimento das crianças no cenário escolar. |