Mentoria do talento criativo e intelectual na escola: da identificação ao desenvolvimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Suárez, Janete Tonete
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15768
Resumo: Este estudo teve por objetivo verificar os efeitos de um programa de mentoria por professores em estudantes identificados como talentosos. Para tanto foram realizados dois estudos. O 1º avaliou a relação entre a identificação de talentos por testes psicológicos (medidas de Inteligência e criatividade) e percepção de professores, bem como sua relação com a motivação para aprender e a seleção, para compor o programa de mentoria, de estudantes identificados como talentosos/superdotados por meio de critérios medidas de Inteligência e criatividade, percepção de professores e desempenho escolar. O 2º estudo analisou o efeito do programa de mentoria entre os estudantes selecionados a partir das variáveis motivação, percepcão de professores, medidas de Inteligência e criatividade, desempenho escolar, realizações criativas, comportamento talentoso, e efeitos de sexo. Foram avaliadas ainda, por meio de analises qualitativas, a percepção de alunos e professores através de questionário, entrevista, relatório semanal de consultoria, e atividades realizadas por ocasião do programa de mentoria. Duas amostras compuseram o Estudo 1: 228 adolescentes, (F=116), com idades entre 13 a 16 anos (M=14,28; DP=0,76), de turmas de 8º e 9º anos do Ensino Fundamental II, de duas escolas particulares; e 12 (F=5) professores, seis de cada escola. Igualmente duas amostras constituíram o Estudo 2: 105 (F=54) estudantes da mesma idade do Estudo 1 e 10 professores do Ensino Médio, (F=5), com idade entre 31 e 53 anos (M=41,18; DP=7,33). Os instrumentos utilizados nos dois estudos foram: Escala de Identificação de Talentos pelo Professor (ITP); Bateria de Avaliação Intelectual e Criativa (BAICA); Escala para Avaliação da Motivação Escolar Infanto-Juvenil (EAME-IJ); Boletim escolar; Testes Pensando criativamente com figuras e palavras (TPCF; TPCP); Lista de realizações criativas de Runco; Escala para a Avaliação das Características Comportamentais de Alunos com Habilidades Superiores (SRBCSS); Questionário de auto percepção da mentoria por estudantes; Relatório semanal de consultoria e Percepção da participação de professores como mentores por meio de entrevista. O primeiro estudo mostrou correlações significativas entre os três instrumentos utilizados, o ITP, BAICA e EAME-IJ. Concluiu-se que o prof. deve ser ainda mais preparado para fazer indicação destes estudantes. Diante dos critérios propostos (obter 1 a 2 DPs acima da média em pelo menos um subteste da BAICA, pelo menos uma média anual acima de 8,5 em diferentes disciplinas, e ser indicado por pelo menos um professor como talentoso/superdotado), foram selecionados 50 estudantes talentosos. Outros 55 foram selecionados aleatoriamente dentre os que não cumpriram os requisitos estabelecido compuseram o grupo de não talentosos (menos talentosos). Assim, o total de selecionados para o Programa de Mentoria foram 105. O Estudo 2 apontou para efeitos significativos como resultado da mentoria para o grupo experimental em várias medidas de avaliação tanto em alunos talentosos quanto não talentosos (menos talentosos), embora os talentosos se sobressaíram ainda mais. Pela análise qualitativa, percebeu-se que tanto os estudantes quanto os professores ressaltaram a importância da mentoria no contexto escolar. Conclui-se que o programa de mentoria para estudantes talentosos beneficia todos os demais na sala de aula.