Escola e família no enfrentamento à violência: psicologia no ensino fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Soraya Sousa Gomes Teles da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16018
Resumo: Definir violência é um desafio complexo, devido aos múltiplos sentidos e significados que encontram expressividade nas relações humanas. Diante disto, esta pesquisa buscou conhecer o que uma escola pública e as famílias dos estudantes entendem sobre violência. Como fontes de informações foram utilizados: Projeto Político Pedagógico (PPP); questionário com os professores; e entrevistas com as famílias de estudantes de uma escola de ensino fundamental. Esses instrumentos continham três perguntas: 1) “O que é violência? ” 2) “Como se sentiu em uma situação de violência? ” e 3)“ Qual o encaminhamento realizado em situação de violência?”. Os dados analisados seguiram a perspectiva da Metodologia Construtiva-Interpretativa e, buscou-se entender a conscientização, pelas três dimensões: conhecer, sentir e agir. As famílias definem a violência apontando os tipos de manifestação, perpassando a própria história de vida, apresentando uma (re)produção naturalizada e relatam ter o diálogo como ação mais efetiva no enfrentamento à violência. A escola entende a violência como ação direcionada ao outro, instrumentalizada e tipificada pela agressão física e verbal, principalmente. Diante disto, percebe-se um desencontro (entre escola e família) que pouco favorece o processo de desenvolvimento integral da criança e adolescente. As estratégias prevenção à violência trazida pelos professores e no PPP foram atendimento diferenciado aos estudantes e convocação das famílias, sendo que o diálogo foi apontado como ação no enfrentamento à violência na escola. Entende-se que o Projeto Político Pedagógico necessita ser refletido, mais criticamente, apresentando os limites e possibilidades diante da violência em busca de uma educação libertadora e de emancipação. Portanto, considera-se que o papel da escola é, também, favorecer o desenvolvimento integral da criança e adolescente, além de gerenciar as situações de risco que algumas delas vivem em sua vida cotidiana, e para isso, precisa assumir um compromisso de enfrentar à violência, sendo a parceria com as famílias fundamental; e a psicologia, como parte de sua equipe técnica, tem muito a colaborar nesse processo.