A vivência da violência por adolescentes de uma escola pública: contribuições da Psicologia Histórico-Cultural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Rayanne Veridiana Nunes da
Orientador(a): Souza, Vera Lucia Trevisan de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16731
Resumo: Este estudo teve como principal objetivo a compreensão das vivências de adolescentes acerca das formas de violência que perpassam suas vidas. A base teórica que o embasa é a Psicologia Histórico-Cultural, sobretudo os conceitos de Lev S. Vigotski. Sobre a violência, partimos de sua compreensão como fenômeno complexo que incorpora as dimensões histórica e social. A violência está presente nas relações que diminuem a potência de agir dos sujeitos a medida em que faz circular afetos negativos que são apropriados por quem toma parte de situações em que diferentes formas de manifestação da violência se presentifica. A adolescência é um momento em que algumas das funções psicológicas superiores ganham um salto qualitativo no processo de desenvolvimento do sujeito. Durante esse momento da vida o sujeito experiencia mais situações, e a imaginação e o pensamento por conceito tomam outras dimensões com maior possibilidade de abstração e desenvolvimento do pensamento científico. Com base no materialismo histórico-dialético, a pesquisa foi construída na perspectiva qualitativa, de tipo participativo, que dentro do grupo denominamos pesquisa-intervenção, visto que além de se acessar os dados para a investigação, também se intenciona transformar o contexto investigado. Durante a presença da pesquisadora na escola, diários de campo foram elaborados no processo de registro das idas à escola e usados para a construção metodológica. Para a construção das informações da análise foram realizados seis encontros presenciais com quatro turmas dos 8.os anos. Para a análise foram utilizadas transcrições de gravações dos encontros. Neles foram apresentados a música “Fermento pra Massa” do artista Criolo, um trecho de uma entrevista do mesmo artista e a canção “AmarElo” do rapper Emicida, seguidas de discussões. Como resultado observou-se diferentes formas de manifestação da violência segundo a percepção dos participantes, as quais deram origem a três categorias. A violência que aparece como violência X A violência que não aparece como violência; Formas de (re)produção da violência e A potência da arte no enfrentamento à violência. As expressões artísticas utilizadas se revelaram importantes ferramentas no favorecimento das manifestações das percepções dos estudantes, nos levando a considerá-las como instrumentos para a atuação do psicólogo na escola.