Indicadores emocionais do desenho da figura humana e sua relação com o bem-estar subjetivo infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Barboza, Chaielen Marchiolli
Orientador(a): Wechsler, Solange Muglia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16037
Resumo: O desenho da Figura Humana é uma ferramenta considerada altamente difundida e utilizada na área da Psicologia. Há muitas controvérsias em relação a sua forma de interpretação e sua validade dos indicadores emocionais apresentados pelo teste. O objetivo deste estudo foi de investigar as evidências de validade do Desenho da Figura Humana (DFH) enquanto medida emocional. A amostra foi composta por 310 crianças sendo 173 do grupo regular, 82 do grupo clínico e 55 do grupo regular/problema. O grupo regular formado por crianças que frequentavam escolas públicas do Ensino Fundamental, o grupo clínico por crianças atendidas por duas clínicas particulares do Estado de São Paulo, provenientes tanto de escola pública como de escola particular, e o grupo regular/problema por crianças de escola pública indicadas por seus responsáveis como portadoras de problemas de comportamento, mas não passavam por atendimento psicológico. Os instrumentos utilizados foram: Ficha de identificação elaborada pela pesquisadora, DFH avaliado pelo sistema de dificuldades emocionais, Escala Multidimensional de Satisfação de Vida para Crianças (EMSVC) e Escala de Afeto Positivo e Negativo. Os dados foram analisados por meio da Correlação de Pearson, Análise Multivariada da Variância (MANOVA) e Análise de Variância (ANOVA). Os resultados encontrados indicaram que a variável grupo foi significativa somente para os indicadores emocionais no DFH. As correlações entre os indicadores emocionais no DFH foram negativas significativas como era esperado entre o total da figura feminina com o fator do eu positivo da escala satisfação de vida infantil (r=-,174; p≤0,01), e com o fator de escola positiva (r=-,161; p≤0,01). No total da figura masculina foram encontradas relações significativas semelhantes, com os fatores do eu positivo (r=-,176, p≤0,01) e escola positiva (r=-,173; p≤0,01). Na Escala de afeto positivo e negativo somente a interação sexo/grupo no fato de afeto negativo teve influência significativa (F=3,367; p≤0,05), e na variável renda no Afeto Negativo (F=3,978; p≤0,01). Na Escala Multidimensional de Satisfação de Vida para Crianças e na Escala de Afeto Positivo e Negativo, nota-se que os resultados são afetados pela renda, ou seja, indicadores contextuais. Conclui-se que o sistema de triagem do DFH emocional é uma medida válida e pode ser utilizada no psicodiagnóstico infantil.