O debate sobre o urbanismo em Campinas: do relatório de Anhaia Mello ao Plano de Melhoramentos Urbanos (1920-1940)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Krogh, Daniela da Silva Santos
Orientador(a): Salgado, Ivone, Bertoni, Angelo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16110
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo investigar e analisar o debate sobre o urbanismo em Campinas, quando, a partir do final da década de 1920, foi colocada questão sobre a necessidade de remodelação da cidade. O marco do início do debate sobre o urbanismo em Campinas é o ano de 1928, quando o prefeito Orosimbo Maia contratou os engenheiros Jorge de Macedo Vieira e Carl A. Oelsner para elaborar a Planta Cadastral de Campinas, entregue em 1929, que seria a base para os trabalhos técnicos para um plano de urbanismo. No ano de 1929, o então vereador Waldemar Rangel Belfort de Mattos retomou o debate na Câmara Municipal, afirmando que a cidade deveria contratar um urbanista para realizar um plano de remodelação de sua área urbana, indicando o então renomado professor de urbanismo da Escola Polythechnica de São Paulo, Luiz I. R. de Anhaia Mello. Após entendimento entre o então prefeito de Campinas, Orosimbo Maia e Anhaia Mello, o urbanista apresentou um relatório em 12 de outubro de 1929, veiculado tanto na imprensa local, como na paulistana. Anhaia Mello, embora tenha apresentado uma proposta inicial, não chegou a elaborar um plano para a remodelação de Campinas. Os acontecimentos políticos do período, com o golpe de 1930, e o conflito armado de 1932, esvaziaram o debate sobre o urbanismo na cidade. Em 1933, uma nova proposta de remodelação viária foi apresentada pelo engenheiro Carlos W. Stevenson e, em 1934, decidiu-se pela contratação do engenheiro-arquiteto Francisco Prestes Maia para elaboração do plano, aprovado pela municipalidade em 1938, o qual denominou-se Plano de Melhoramentos Urbanos. O plano aprovado configurou-se como uma versão reduzida da proposta de Anhaia Mello, limitando-se a um plano viário, com a abertura de grandes avenidas centrais, e a destruição do patrimônio arquitetônico, cuja implantação foi coordenada pela Comissão de Melhoramentos Urbanos, representado pelos técnicos locais. Estas propostas se inserem no debate internacional no campo do urbanismo, na medida em que as referências ao ideário internacional estão presentes tanto no Relatório Anhaia Mello, de 1929, e nas propostas de Prestes Maia, de 1934. Ainda, apresenta um estudo de caso sobre o plano elaborado para a cidade de Marselha (França) em 1931, pelo arquiteto e professor do Instituto de Urbanismo da Universidade de Paris, Jacques Greber.