Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Favarin, Rafael da Nova |
Orientador(a): |
Souza, Vera Lucia Trevisan de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16019
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Resumo: |
Esta pesquisa teve como objetivo investigar a dimensão que a queixa escolar assume no trabalho do coordenador pedagógico e refletir sobre os possíveis encaminhamentos à sua superação. Foi motivada pela crescente produção de encaminhamentos, realizados pelas escolas, para o serviço de psicologia escolar solicitando ajuda aos alunos. Sob o prisma de uma perspectiva crítica, adotou-se o referencial teórico da Psicologia Histórico-Cultural cuja metodologia, calcada no materialismo histórico-dialético, possibilitou o aprofundamento e análise das expressões dos coordenadores. O eixo central deste trabalho, por intermédio de uma pesquisa-intervenção, foi um projeto de formação dos coordenadores pedagógicos de uma cidade do interior de São Paulo, a partir da demanda de sua Secretaria de Educação. Os encontros foram conduzidos por uma dupla de psicólogos escolares, atravessados e mediados por produções artísticas contextualizadas aos temas, pelas sínteses que descreviam o encontro anterior, por debates e textos teóricos de apoio. Para análise, foram utilizadas as transcrições dos encontros, os registros dos diários de campo, as sínteses produzidas, as observações vivenciadas durante o processo e as entrevistas finais com cinco coordenadoras. Os resultados revelaram que a queixa escolar permanece secundária ao aluno diante dos conflitos subjacentes à escola e ao próprio coordenador pedagógico, entre eles: a crise identitária de seu papel; a falta de apoio, permanência na função e representatividade político-social; dificuldade junto ao corpo docente, em que pesem problemas quanto ao engajamento no processo de ensino-aprendizagem e um trabalho voltado às urgências em detrimento das reais necessidades, sobretudo negligenciando a formação e a articulação dos processos escolares. Contudo, observou-se que a visão dos coordenadores pedagógicos e da escola como um todo, sobre as dificuldades escolares, permanecem sob a lógica da medicalização e ausente de um pensamento crítico sobre a produção dos problemas no interior da própria escola. Por fim, compreendemos que encontros formativos com os coordenadores pedagógicos, líderes do Projeto Político Pedagógico e da formação de professores na escola, podem se constituir como campo e objeto de atuação do psicólogo escolar na promoção de mudanças de concepções e práticas voltadas à promoção do desenvolvimento de crianças, jovens e adultos - educadores. |