Fatores psicológicos e qualidade de vida de pessoas com doença de parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Rocha, Glaucia Mitsuko Ataka da
Orientador(a): Yoshida, Elisa Medici Pizao
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15626
Resumo: O objetivo foi avaliar a associação entre depressão, alexitimia, qualidade de vida e estilos de personalidade de pessoas com Doença de Parkinson, atendidos na Associação Brasil- Parkinson. A amostra, de 100 participantes diagnosticados com Doença de Parkinson idiopática, ficou composta por 59% de homens e 41% de mulheres, com idades entre 38 e 90 anos, concentradas nas faixas etárias entre 50 e 79 anos (Mo= 75 e 77 anos). A maioria é aposentada (72,45%) e natural de São Paulo (68%), com escolaridade de 8 anos ou mais (53%). O tempo de curso da doença concentrou-se em até 6 anos (59%) e a maioria encontra- se no Estágio II da doença (80%). Os instrumentos de auto-relato utilizados foram a Escala de Depressão de Beck (BDI), Escala de Alexitimia de Toronto (TAS), Parkinson s Disease Questionnaire (PDQ-39) e Inventário de Estilos de Personalidade de Millon (MIPS), aplicados individualmente. O escore médio do BDI foi de 11,8 (DP=7,4), tendo sido 47% das pessoas classificadas com depressão leve ou moderada. Os sintomas de depressão mais referidos foram: falta de prazer, irritação, dificuldade com o sono, cansaço, falta de interesse em sexo, preocupação com a saúde e preocupação em não poder trabalhar. A maioria das pessoas foi classificada como alexitímica (59%). Quanto á qualidade de vida, o escore total médio foi de 27,34 (DP=14,29), sendo que as dimensões com escores mais altos foram desconforto corporal (M=32,4, DP=23,7); atividades da vida diária (M= 31,8, DP= 20,4) e mobilidade (M= 31,0, DP=22,5). Quanto ao estilo de personalidade, 80% ou mais da amostra apresentou como características fortes: abertura, proteção, sensação, introversão, reflexão, afetividade, sistematização e firmeza. O modelo de equações estruturais (SEM), analisado através do Partial Least Square (PLS) apresentou a depressão como a variável preditora da qualidade de vida, da alexitimia e das dimensões modos cognitivos e condutas interpessoais (estas avaliadas pelo MIPS). Os resultados foram discutidos considerando a multideterminação da depressão na Doença de Parkinson e a importância da intervenção sobre a depressão com o objetivo de melhorar a qualidade de vida. É proposta uma heurística para a compreensão da multideterminação da Doença de Parkinson e do modelo obtido pela aplicação do PLS. São discutidas as limitações impostas pela homogeneidade de algumas caracteristicas apresentadas pela amostra e sugeridos novos estudos em amostras com características diferentes e sobre intervenções psicoterapêuticas que considerem tanto os distúrbios psicológicos quanto os aspectos positivos (recursos adaptativos) identificados no presente estudo.