Diálogos transnacionais: a construção do moderno como linguagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Helena Vilela
Orientador(a): Ferreira, Jane Victal, Del Real, Patrício
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16101
Resumo: A arquitetura brasileira foi influenciada por uma série de diálogos transnacionais que ocorreram no país desde seu processo de colonização, especialmente durante o período moderno, quando sua identidade foi favorecida pelo trânsito de ideias no continente. Esses diálogos foram promovidos por agentes transnacionais, representantes do “homem moderno” e responsáveis por documentar, inúmeras vezes, por meio de suas viagens, a paisagem do Rio de Janeiro, o que corroborou para a construção de um imaginário, assim como ajudou a moldar a modernidade na cidade, enquanto palco da implantação de ideias modernas advindas de contextos estrangeiros. O objetivo desta pesquisa é estudar os diálogos transnacionais ocorridos durante o período moderno, que resultaram na formação de uma rede de intelectuais, e sua contribuição para a construção da arquitetura moderna brasileira como linguagem arquitetônica. Para discutir o tema, faz-se necessário entender como essa arquitetura foi vista por determinados arquitetos e críticos no Brasil e no exterior, a fim de identificar a espacialização das artes visuais e os resultados de confluências modernas, fruto de experiências vivenciadas no exterior e de parcerias e diálogos, como os estabelecidos com os Estados Unidos e o MoMA. Sendo assim, uma leitura de obras como “Brazil Builds” e “Modern Architecture in Brazil” e de seu contexto nos fornece as bases para a discussão desse tópico. Reflexo desses diálogos está na integração entre arquitetura e paisagem natural e no projeto urbano do Aterro do Flamengo, que uniu camadas de história no bairro da Glória. Como objeto de análise deste trabalho, essa investigação busca analisar o projeto cultural do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ) e a implantação do Parque do Flamengo, como um espaço de experimentação feito a partir das experiências de três personagens do moderno brasileiro: o arquiteto Affonso Reidy, o paisagista Roberto Burle Marx e Lota de Macedo Soares, que agiu como agente cultural e interlocutora entre profissionais e prefeitura durante a execução desse projeto.