Do porto maravilha ao cais: patrimonialização e globalização na zona portuária do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: De Bona, Laura
Orientador(a): Silva Neto, Manoel Lemes da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16256
Resumo: Situado na área de Arquitetura e Urbanismo, esse trabalho analisa a patrimonialização como dinâmica particular do fenômeno contemporâneo de urbanização, por meio do projeto de requalificação da zona portuária do Rio de Janeiro e de suas relações com os modelos de gestão disseminados no âmbito das cidades globais. O tema relaciona-se à recorrência, em diversos países, de projetos de reestruturação urbana de áreas centrais, históricas ou degradadas, que visam estimular o crescimento econômico local e inseri-las na economia globalizada, processo que implica a “reinvenção simbólica” de narrativas para sua legitimação. Pelo estudo do caso do Porto Maravilha, em implementação na zona portuária do Rio de Janeiro desde 2009, articula-se a dimensão técnica da urbanização com a instrumentalização da dimensão subjetiva do patrimônio, da memória e da identidade dos lugares, na tentativa de elaborar uma reflexão crítica acerca da produção do espaço na contemporaneidade. A análise concentra-se em dois equipamentos culturais inseridos no projeto (Museu do Amanhã e Sítio Arqueológico Cais do Valongo) e verifica a espacialização dos agentes envolvidos na produção desses patrimônios. Relaciona-se a influência material e imaterial da globalização às dimensões local e simbólica da produção do espaço no período presente, a fim de se contribuir com uma proposição por outras formas de patrimonialização e de políticas públicas de caráter territorial, que considerem o cotidiano a partir do “território usado”.